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Netanyahu pede que UE transfira suas embaixadas para Jerusalém

Para premiê israelense reconhecimento estimula a paz; europeus mantêm posição sobre status final da cidade

Por Da redação
Atualizado em 11 dez 2017, 13h03 - Publicado em 11 dez 2017, 13h01
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  • O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu sugeriu nesta segunda-feira aos países da União Europeia (UE) que transfiram suas embaixadas de Tel Aviv para Jerusalém, como anunciaram os Estados Unidos, reconhecendo a cidade como capital do país. Ministros do exterior e líderes do bloco europeu, no entanto, condenaram a decisão do presidente americano Donald Trump.

    Em pronunciamento à imprensa junto à chefe de Relações Exteriores da União Europeia, Federica Mogherini, Netanyahu afirmou que acreditava “que todos ou a maior parte dos países europeus transferirão suas embaixadas para Jerusalém, reconhecerão que é a capital de Israel e se envolverão de forma robusta conosco em matéria de segurança, prosperidade e paz”.

    Segundo ele, reconhecer Jerusalém como a capital de Israel torna a paz possível. “Jerusalém é a capital de Israel, ninguém pode negar. Não evita a paz, torna a paz possível, porque reconhecer a realidade é o fundamento da paz”, disse.

    A União Europeia, entretanto, reiterou sua posição de que Jerusalém deveria ser reconhecida capital tanto de Israel quanto de um eventual estado palestino. Até os aliados europeus mais próximos de Israel, como a República Checa, advertiram que a decisão de Trump prejudica os esforços de paz, enquanto a França insistiu que o status de Jerusalém só pode ser definido em um acordo final entre israelenses e palestinos.

    A República Checa também reconheceu a porção ocidental da Cidade Santa como capital de Israel na quarta-feira. “A República Checa, antes da assinatura de um acordo de paz entre Israel e Palestina, reconhece Jerusalém como a capital de Israel nas fronteiras dos contornos demarcados de 1967”, afirmou o ministro de Relações Exteriores do país em comunicado.

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    No domingo, Netanyahu se reuniu com o presidente da França, Emmanuel Macron, que chamou a atitude de Trump de “ameaça a paz”. Macron tem sido a principal voz da Europa na condenação da decisão do presidente americano.

    A decisão de Trump provocou uma nova onda de confrontos e protestos. Desde quinta-feira, quatro palestinos morreram na Faixa de Gaza, dois em confrontos com soldados e dois integrantes do Hamas, em ataques aéreos israelenses em resposta a disparos de foguetes a partir do território palestino.

    Em sua visita à capital belga, Netanyahu se reunirá com os chanceleres dos 28 países da União Europeia, que devem pedir o reinício das negociações de paz com os palestinos e expressar a discordância com a colonização israelense.

    (Com agências de notícias)

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