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No Afeganistão, Talibã queima instrumentos musicais por serem ‘imorais’

Ao todo, foram milhares de dólares que viraram fumaça em uma fogueira montada na província ocidental de Herat

Por Da Redação
31 jul 2023, 17h40

O Talibã, no Afeganistão, queimou no sábado 29 diversos instrumentos musicais alegando que a música causa “corrupção moral”. Ao todo, foram milhares de dólares que viraram fumaça em uma fogueira montada na província ocidental de Herat.

Desde que voltou ao poder em 2021, depois da retirada de tropas americanas, o Talibã impôs inúmeras restrições, inclusive tocar música em público. O fundador do Instituto Nacional de Música do Afeganistão, Ahmad Sarmast, comparou as ações a “genocídio cultural e vandalismo musical”

“Ao povo do Afeganistão foi negada a liberdade artística. A queima de instrumentos musicais em Herat é apenas um pequeno exemplo do genocídio cultural que está ocorrendo no Afeganistão sob a liderança do Talibã”, disse Sarmast, que agora vive em Portugal, à BBC.

Entre os itens incendiados em Herat estavam uma guitarra e uma tabla – uma espécie de bateria. Além disso, amplificadores e alto-falantes estavam incluídos na lista. Muitos dos instrumentos foram apreendidos em locais de casamentos na cidade.

Um dos funcionário do Ministério do Vício e da Virtude do Talibã afirmou à BBC que tocar música faz com que os jovens se “desviem”. No dia 19 de julho, uma fogueira de instrumentos foi organizada pelo Talibã e o governo postou fotos do incêndio no Twitter, mas não informou em qual parte do país ocorreu.

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Em meados dos anos 1990 até 2001, primeira vez que o Talibã esteve no poder no Afeganistão, todas as formas de música foram banidas de reuniões sociais, TV e rádio. Com a presença de tropas americanas nas últimas décadas, uma pequena cena musical floresceu, mas, com o retorno do Talibã, muitos músicos fugiram do país, já que os que se mantiveram foram discriminados e até agredidos fisicamente.

Nos últimos dois anos, o Talibã impôs outras restrições severas sob sua estrita interpretação da lei islâmica. As mulheres foram os principais alvos dessas duras medidas, que com a nova legislação só podem usar roupas que revelem os olhos e devem andar sempre acompanhadas por um parente do sexo masculino se viajarem mais de 72 quilômetros.

Além disso, meninas adolescentes e mulheres foram impedidas de entrar em salas de aula de escolas e universidades, academias e parques. Na semana passada, todos os salões de cabeleireiro e beleza foram obrigados a fecharem por serem considerados anti-islâmicos.

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