Sob sanções de grande parte do Ocidente pela invasão à Ucrânia, o presidente russo, Vladimir Putin, aceitou um convite para participar de uma cúpula do G20 que acontecerá em novembro em Bali, Indonésia, anunciou o presidente indonésio, Joko Widodo, em comunicado nesta sexta-feira, 29.
“A Indonésia quer unir o G20. Não deixem que haja uma divisão. Paz e estabilidade são essenciais para recuperação e desenvolvimento da economia mundial”, disse Widodo em comunicado emitido por seu governo.
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Em março, durante cúpula da Otan, principal aliança militar ocidental, o presidente americano Joe Biden disse que a Rússia deveria sair do G20, grupo formado pelas dezenove maiores economias do mundo mais a União Europeia. Na época, a Indonésia, além de China, defenderam a permanência da Rússia no grupo, citando a importância história do país e o fato de “nenhum membro ter direito de expulsar outro”.
O convite também foi estendido mais cedo nesta semana ao presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, que em suas redes sociais disse ser grato pelo aceno, mas não especificou se pretende participar da cúpula.
Durante esta semana, Widodo já havia conversado com os dois líderes em teleconferências distintas, nas quais disse ter relembrando Putin sobre a importância de encerrar a guerra na Ucrânia “imediatamente” e o desejo da Indonésia de contribuir para uma resolução pacífica.
A Zelensky, o presidente indonésio ressaltou a prontidão de seu país para fornecer assistência humanitária. Diferentemente de países que anunciaram envio de suprimentos bélicos, a Constituição indonésia e princípios da política externa do país impedem assistência militar.
Na quinta-feira, o secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, afirmou que a guerra na Ucrânia ainda pode durar meses ou anos. Durante fala nesta quinta-feira, Stoltenberg também afirmou que aliados da Otan estão se preparando para ajudar as tropas ucranianas. Países como Estados Unidos, Holanda, França e Alemanha anunciaram recentemente que fornecerão armas e tanques para a Ucrânia.
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Na quarta-feira, 27, a ministra das Relações Exteriores da Alemanha, Annalena Baerbock, disse que apoiará os militares ucranianos fornecendo “treinamento e manutenção”. O governo alemão também irá fornecer tanques antiaéreos para a Ucrânia, enquanto tenta driblar críticas de que estava mantendo uma postura cautelosa em relação à guerra.
“Fornecemos armas antitanque, Stingers e muitas outras armas sobre as quais não falamos em público”, disse a ministra das Relações Exteriores, que afirmou que não divulgaria todas as armas enviadas.
A secretária de Relações Exteriores britânica, Liz Truss, também pediu apoio ao Reino Unido para enviar aviões de guerra e outras armas para território ucraniano.