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No Rio, Marina Silva critica separação entre economia e meio ambiente

Ministra defendeu que "sem financiamento, tudo aquilo que estamos deliberando, criando arquiteturas de programas, não vai acontecer"

Por Paula Freitas Atualizado em 17 nov 2024, 15h40 - Publicado em 17 nov 2024, 15h39
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  • A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, criticou neste domingo, 17, separação entre ecologia e economia nos debates internacionais. Aplaudida ao entrar no plenário do Global Citizen Now, um evento pré-cúpula dos líderes do G20, realizada entre os dias 18 e 19 no Rio de Janeiro, que tem como objetivo impulsionar “ações urgentes” sobre os principais problemas atuais, ela defendeu que “sem financiamento, tudo aquilo que estamos deliberando, criando arquiteturas de programas, não vai acontecer”.

    “Não há como enfrentar o problema da mudança climática se achar que vamos compatibilizar ecologia e economia”, discursou a ministra. “Ou integra economia e ecologia na mesma equação, ou não há como dar um desfecho adequado”.

    No painel sobre a liderança do G20 por um mundo justo e sustentável, Marina foi acompanhada pela ativista climática Mitzi Jonelle Tan; pelo fundador do jornal Voz das Comunidades, Rene Silva; e pelo presidente da Fossil Fuel Treaty Initiative, Kumi Naidoo, que já atuou como chefe da ONG Greenpeace.

    + Brasil emitiu 12% menos gases de efeito estufa em 2023

    A política destacou a importância da criação de um agenda de transição de combustíveis fósseis — um dos tópicos centrais do Global Citizen Now, além da cobrança pelo fim do desmatamento e o apoio a comunidades na linha de frente dos impactos climáticos.

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    Além disso, a ministra afirmou que a presidência brasileira no G20, grupo que reúne as 20 maiores economias do mundo, liderou um “trabalho de inovação”. Ela citou grupos de trabalho sobre o clima, a Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, projetos de taxação de super-ricos e a trilha de finanças, além de reuniões entre ministros de Meio Ambiente e Clima, da Fazenda e presidentes de Bancos Centrais.

    A ministra também disse que não considera que as negociações da COP29, em curso no Azerbaijão, estejam estagnadas, mas ponderou que, para que o diálogo avance no G20, “é fundamental que (os países membros) façam o dever de casa”. Marina cobrou que países desenvolvidos, maiores poluidores, cumpram suas obrigações e apoiou a formulação de mecanismos adicionais voltados para o combate à mudança climática, unindo nações em desenvolvimento e a iniciativa privada.

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