Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana
Continua após publicidade

Notre-Dame: ressurgir das cinzas

Em dois dias, as doações para refazer o que foi destruído pelo fogo cravaram o equivalente a 3,8 bilhões de reais

Por Amanda Péchy Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 4 jun 2024, 14h46 - Publicado em 27 dez 2019, 06h00
  • Seguir materia Seguindo materia
  • Erguida sobre as ruínas de um templo pagão para se tornar um poderoso símbolo da cristandade no coração de Paris, a Catedral de Notre-Dame resistiu ao longo dos séculos a sacolejos da história como guerras, revoluções (logo a Francesa) e, segundo estudos arqueológicos, até incêndios. Pois eis que em 15 de abril de 2019 ela começou a arder novamente em chamas, promovendo a quem assistiu à cena da igreja engolfada pelo fogo — in loco, de frente para a Île de la Cité, onde ela fica, ou mesmo pela TV — um espetáculo de terror. Em momento dos mais dramáticos, a torre batizada de “A Flecha” tombou. Parecia que a humanidade perderia para sempre aquele cartão-postal da arquitetura gótica, o mais visitado em uma cidade repleta de concorrentes de peso, como a Torre Eiffel e o Arco do Triunfo, mas a catedral sobreviveu a mais essa, graças a um bem engendrado plano para emergências.

    É verdade que até hoje, passados oito meses, as estruturas da Notre-Dame revelam alguma instabilidade, o que precisa ser corrigido antes do restauro propriamente dito, com início previsto para 2021. Os engenheiros ainda estudam como vão mexer nas pilastras medievais. Outro obstáculo para o princípio dos trabalhos são os elevados índices tóxicos de chumbo que impregnam o ar e inviabilizam a presença de operários. A promotoria francesa segue investigando o caso — uma falha elétrica simples, talvez ligada à obra pela qual o prédio vinha passando, é vista como a principal hipótese para a tragédia. Dinheiro, porém, não será problema para recuperar o telhado destruído e o belo interior, atualmente tomado por andaimes e escombros: em dois dias, as doações para refazer o que foi destruído cravaram o equivalente a 3,8 bilhões de reais. O presidente Emmanuel Macron chegou a afirmar que a igreja estaria nova em folha em 2024, a tempo da Olimpíada parisiense, data que já se sabe não ser realista. Certo é que, quando reabrir as portas, a Notre-Dame terá a mostrar ao público suas relíquias preservadas e os magníficos vitrais, felizmente intactos, que banham a catedral de luz.

    Publicado em VEJA de 1º de janeiro de 2020, edição nº 2667

    Publicidade

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Black Friday

    A melhor notícia da Black Friday

    BLACK
    FRIDAY

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de 5,99/mês*

    ou
    BLACK
    FRIDAY
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (menos de R$10 por revista)

    a partir de 39,96/mês

    ou

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.