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Nova onda de bombardeios atinge infraestrutura energética da Ucrânia

Ataques acontecem ao mesmo tempo que as forças russas intensificam a ofensiva no leste ucraniano

Por Matheus Deccache
17 nov 2022, 16h44
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  • O Exército russo realizou uma nova onda de ataques com mísseis a instalações de energia da Ucrânia nesta quinta-feira, 17, e intensificou os ataques no leste do país após a adição das forças retiradas da cidade de Kherson, que foi reconquistada pelos ucranianos na última semana. 

    Explosões foram ouvidas na capital Kiev, no porto de Odessa, na cidade de Dnipro e na região sudeste de Zaporizhzhia. Por meio do Twitter, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse que “a punição para todas as atrocidades russas será inevitável”. 

    + Defesa dos EUA relata crise no fornecimento de armas à Ucrânia

    A publicação veio logo após a decisão de um tribunal holandês que definiu que um avião de passageiros abatido no leste da Ucrânia em 2014 foi atingido por um míssil de fabricação russa.

    Dois ex-agentes da inteligência russa e um líder separatista ucrania foram condenados à prisão perpétua pela queda do voo MH17 da Malaysian Airlines, que levou à morte de todos os 298 passageiros e tripulantes.

    Os juízes afirmaram ainda que a Rússia tinha “total controle” das forças separatistas no leste ucraniano na época. 

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    De acordo com o governo ucraniano, o bombardeio desta semana é o pior desde que soldados russos começaram a direcionar ataques à infraestrutura energética e pelo menos 18 pessoas ficaram feridas. 

    O escritório das Nações Unidas para a coordenação de assuntos humanitários alertou para uma grave crise na Ucrânia neste inverno, com milhões de pessoas enfrentando “cortes constantes de energia”, ao mesmo tempo que a empresa estatal Naftogaz disse que as instalações de gás no leste do país foram danificadas ou destruídas. 

    + G20 exige retirada russa ‘completa e incondicional’ da Ucrânia

    A nova onda de ataques ocorre poucos dias depois que um míssil atingiu o vilarejo de Przewodów, na Polônia, deixando dois mortos. Inicialmente, acreditava-se que o ataque teria partido do Exército russo, que estava realizando bombardeios na cidade de Lviv, próxima à fronteira dos dois países. 

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    No entanto, a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e o próprio governo polonês concluíram que o míssil provavelmente veio das defesas aéreas da Ucrânia, e não da Rússia. A decisão causou um raro momento de discordância entre Zelensky e seus aliados ocidentais, uma vez que o líder ucraniano contestou a versão dos acontecimentos. 

    Nesta quinta, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, criticou a fala de Zelensky e disse a repórteres na Casa Branca que as evidências não apontam para um envolvimento russo. 

    + Após míssil cair na Polônia, Rússia diz que Ocidente busca guerra mundial

    No mesmo dia da explosão, o Ministério da Defesa da Rússia disse que as acusações de envolvimento eram “parte de uma campanha anti russa sistemática do Ocidente” e negou qualquer participação no incidente. 

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