Andrew Cuomo, governador de Nova York, nos Estados Unidos, decretou que todos cidadãos do estado devem entrar em quarentena a partir desta sexta-feira, 20. Todos os comércios não essenciais devem fechar suas portas a partir de domingo, 22, à noite e as reuniões de qualquer quantidade de pessoas estão proibidas, em uma tentativa de frear o avanço do coronavírus.
“100% da força de trabalho deve ficar em casa. Estes são os serviços não essenciais”, afirmou Cuomo em coletiva de imprensa. “Estamos todos em quarentena agora” e o estado de Nova York está em “pausa”, acrescentou.
O governador reconheceu que as medidas devem causar grande transtorno e afetar a economia do estado, mas ainda assim defendeu a decisão. “Se tiverem que culpar alguém por isso, me culpem”, disse. “Não há ninguém mais que é responsável por essa decisão.”
As medidas são semelhantes às impostas na quinta-feira 19 pelo governador da Califórnia, que ordenou o isolamento de toda a população. “Vamos monitorá-los. Haverá multas e pode haver fechamentos forçados de comércios que não cumprirem. Não estou brincando”, enfatizou Cuomo.
O governador garantiu que “os serviços essenciais continuarão funcionando”. “Os armazéns precisam de comida, as farmácias precisam de medicamentos. Internet deve continuar funcionando. Quando abrirem a torneira deve sair água” e tudo isso continuará assim, afirmou.
A lista de comércios essenciais está sendo confeccionada, informou. Inclui os restaurantes que entregam comida em casa, já que o serviço ao público foi proibido esta semana.
O transporte público seguirá funcionando porque os trabalhadores essenciais devem ter uma maneira de chegar a seus postos de trabalho em hospitais, farmácias ou supermercados, afirmou o governador.
Cuomo enfatizou que, como resultado do aumento dramático dos testes para o coronavírus em Nova York, o número de infectados no estado saltou para 7.102, com quase 3.000 casos novos em um dia. A maioria foi registrada na cidade de Nova York, com 4.408 casos, quase 2.000 novos.
A pandemia já provocou mais de 10.000 mortes em todo o mundo, segundo monitoramento em tempo real da Universidade John Hopkins.