O governador de Nova York, Andrew Cuomo, disse na segunda-feira 14 que a polícia do estado vai investigar um discurso de ódio e um carro vandalizado com suásticas no bairro de Queens. O caso se insere no aumento do antissemitismo não só em Nova York, mas também nos Estados Unidos como um todo. Houve pelo menos nove incidentes e ataques antissemitas na cidade e nos arredores nas últimas semanas.
Em dezembro passado, houve um tiroteio em um mercado kosher em Jersey City, no estado vizinho de Nova Jersey, e cinco pessoas foram esfaqueadas – incluindo um rabino – durante as festividades de Chanucá na cidade de Monsey, estado de Nova York.
“Estou indignado com a proliferação de suásticas e discursos de ódio que apareceram no Queens nesta manhã. Este gritante ato antissemita pretende incitar e espalhar o câncer do ódio que tem permeado esta nação nos últimos anos”, disse o governador.
Cuomo acrescentou que está ao lado dos nova-iorquinos que condenam esses ataques odiosos, sejam eles cometidos por meio de pichações ou de atos violentos. Ele já havia anunciado a expansão do policiamento nas comunidades judaicas após o ataque em Monsey. “Vamos continuar a denunciá-los em qualquer lugar e a qualquer momento”, completou.
De acordo com um relatório do Centro para o Estudo do Ódio e Extremismo da Universidade do Estado da Califórnia, os crimes de ódio antissemita em Nova York, Los Angeles e Chicago – as três maiores cidades do país – estão prestes a atingir o pico em 18 anos. Só em Nova York, o número de crimes de ódio relatados no ano passado na cidade aumentou cerca de 20% em comparação com 2018, segundo a polícia local.
O vandalismo com suásticas suscitou revoltas no Queens, onde moradores se organizaram para se manifestar contra a recente onda de ataques antissemitas. Centenas de pessoas ocuparam o Parque MacDonald no domingo 12, onde líderes judeus e representantes de várias religiões se uniram contra o ódio. Na semana passada, uma marcha em solidariedade às comunidades judaicas já havia reunido dezenas de milhares de pessoas no Brooklyn.
(Com EFE)