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Nova Zelândia: atirador que matou 51 pessoas é condenado a prisão perpétua

O terrorista australiano Brenton Tarrant invadiu duas mesquitas em Christchurch em 2019 e transmitiu ataque pelas redes sociais

Por Julia Braun Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 27 ago 2020, 10h27 - Publicado em 27 ago 2020, 10h08
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  • O autor de um ataque terrorista a duas mesquitas na Nova Zelândia em março de 2019 foi condenado nesta quinta-feira, 27, a prisão perpétua, sem liberdade condicional, tornando-se a primeira pessoa a receber essa sentença no país. O australiano Brenton Tarrant, de 29 anos, foi condenado por 51 assassinatos, 40 tentativas de assassinato e terrorismo.

    “Seus crimes são tão perversos que mesmo que ele seja mantido na prisão até a morte, isso não esgotará a punição e a sentença que eles exigem”, disse o juiz do caso, Cameron Mander, do Tribunal Superior de Christchurch, na audiência.

    No ataque, ele usou armas semiautomáticas e transmitiu parcialmente ao vivo as imagens nas redes sociais. As vítimas estavam nas mesquitas de Al Noor e Linwood, na cidade de Christchurch, quando as orações tradicionais de sexta-feira aconteciam.

    A sentença foi declarada após três dias em que mais de 90 sobreviventes do atentado e familiares das vítimas prestaram depoimentos à Justiça neozelandesa. Em março, Tarrant havia se declarado culpado de todas as acusações e decidido abrir mão de sua defesa.

    O juiz do caso, que no tribunal descreveu os acontecimentos em detalhes e falou sobre cada uma das vítimas, explicou que o massacre cometido pelo australiano “não tem cabimento aqui e em nenhum lugar”.

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    Pelas 51 acusações de assassinato, Tarrant foi condenado a prisão perpétua sem liberdade condicional. Cada uma das 40 acusações de tentativa de homicídio acarretou uma pena de 12 anos de prisão, e o crime de terrorismo, outra pena perpétua.

    A decisão sem precedentes de Mander de aplicar prisão perpétua sem liberdade condicional se baseia em uma reforma legislativa introduzida há uma década para os crimes mais graves de assassinato.

    (Com EFE)

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