Ao menos 636 civis morreram na Ucrânia desde o início da invasão russa, em 24 de fevereiro, de acordo com boletim diário emitido pelo Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH).
Os números atualizados representam um aumento de 40 mortes em relação ao sábado. Ainda de acordo com a agência, pelo menos 1.125 civis ficaram feridos desde o início do conflito.
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“A maioria das mortes foi causada pelo uso de armas explosivas com ampla área de impacto, como mísseis, sistemas de lançamento de foguetes e ataques aéreos. O ACNUDH acredita que os números reais são consideravelmente mais altos, principalmente pelo fato que alguns relatórios foram adiados devido à hostilidades e outros aguardam confirmação”, disse o órgão em comunicado.
O número de refugiados também cresceu nos últimos dias. Desde o início da guerra, mais de 2,8 milhões de ucranianos deixaram o país e metade deles foram em direção à Polônia, de acordo com dados do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR).
Além da Polônia, outros países vizinhos também têm recebido um alto número de refugiados. Mais de 255 mil pessoas já cruzaram a fronteira com a Hungria, ao mesmo tempo que 204 mil chegaram à Eslováquia, 131 mil à Rússia, 106 mil à Moldávia, 84 mil à Romênia e 1.200 a Belarus.
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Outros países que não fazem fronteira com a Ucrânia também receberam um alto número de pessoas fugindo da guerra: 304 mil. Além disso, outros 2 milhões de ucranianos deixaram suas casas em direção a outras regiões dentro do país.
A agência prevê que, caso o conflito se estenda por mais tempo, o número total de refugiados pode chegar a mais de 4 milhões de pessoas, e o número de deslocados internos pode ultrapassar os 6,7 milhões.