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Relâmpago: Revista em casa por 8,98/semana

Número de mortos no Afeganistão sobe para 2.200 após terremotos consecutivos

A crise humanitária no país se intensifica, enquanto Cabul admite não ter recursos para lidar com a situação

Por Júlia Sofia Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 4 set 2025, 10h28

O número de vítimas fatais dos terremotos que atingiram o Afeganistão chegou a 2.200, informou o governo local, controlado pelo Talibã, nesta quinta-feira, 4. Equipes de resgate seguem buscando corpos, enquanto mais de 3.600 pessoas ficaram feridas em decorrência dos sismos.

Em uma publicação no X (ex-Twitter), o porta-voz do governo, Hamdullah Fitrat, afirmou que a maioria das vítimas se concentra na província de Kunar, a mais afetada pela tragédia.

“Tudo o que tinhamos foi destruído”, disse a afegã Aalem Jam, em entrevista à agência de notícias Reuters. Moradora de Kunar, ela contou que sua casa foi devastada. “As únicas coisas que restam são essas roupas em nossas costas”, lamentou.

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Na segunda, 1, um terremoto de magnitude 6,1 atingiu as províncias de Kunar e Nangarhar, na fronteira com o Paquistão. Ocorrendo em uma profundidade rasa de 10 km, ele causou destruição generalizada, sendo o mais mortal registrado no Afeganistão desde junho de 2022. Enquanto as autoridades se mobilizavam para resgatar possíveis vítimas de escombros, um segundo sismo atingiu o país na terça-feira, 2, com magnitude 5,5. O novo episódio interrompeu as operações de resgate, causando deslizamentos de terra que fecharam o acesso à aldeias remotas.

Mais de 6 mil casas foram destruídas pelas duas ocorrências, e as Nações Unidas alertam que o número de vítimas fatais pode aumentar, uma vez que ainda existem pessoas presas sob os escombros. Em Kunar, a tragédia destruiu ou danificou 98% dos edifícios, e dois em cada três moradores foram mortos em algumas das aldeias mais afetadas, segundo informações da Islamic Relief Worldwide.

A devastação tende a causar complicações humanitárias, aponta o Movimento Internacional da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho. “Até 84 mil pessoas são afetadas direta e indiretamente” pelos efeitos do terremoto, que causou um deslocamento massivo.

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+ Número de mortos em terremoto no Afeganistão ultrapassa 1.400; Talibã apela por ajuda

Falta de recursos

O Afeganistão é propenso a terremotos fatais, uma vez que parte do seu território é próximo do ponto de encontro das placas tectônicas indiana e eurasiática. Para piorar, os recursos de Cabul para realizar resgates são escassos, uma vez que a retomada do governo do país pelo Talibã fez com que os Estados Unidos e uma série de outros países cortasse o financiamento para ajuda externa.

Boa parte das organizações internacionais também se frustrou com as políticas promovidas pelo grupo islâmico, que frequentemente entram em conflito com os direitos humanos. Esse cenário gerou uma escassez de insumos para resgates, com o Programa Mundial de Alimentos (PMA) das Nações Unidas indicando só ter estoque para auxiliar os sobreviventes por mais quatro semanas.

Cabul não apresentou qualquer plano de resposta à crise, e admite que não tem condições de lidar sozinho com a situação. Em resposta, as Nações Unidas liberaram US$ 5 milhões do seu fundo de emergência para ajudar os locais, mas a Organização Mundial da Saúde (OMS) calcula que são necessários mais US$ 3 milhões para manter o fluxo de medicamentos e outros produtos essenciais.
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