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Número de mortos por terremoto no Marrocos passa de 2.800

Cerca de 48 horas depois da tragédia, equipes de resgate ainda lutam para encontrar sobreviventes

Por Da Redação
Atualizado em 11 set 2023, 17h53 - Publicado em 11 set 2023, 11h06
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  • O número de mortos no Marrocos já passa de 2.800, com 2.476 feridos, depois que um terremoto de magnitude 6,8 atingiu o país 72 quilômetros a sudoeste de Marraquexe, na noite da última sexta-feira, 8. O tremor foi o mais mortal no país em mais de seis décadas. 

    Mais de 48 horas depois da tragédia, equipes de resgate continuam a correr contra o tempo para encontrar sobreviventes entre os escombros das aldeias e vilarejos nas região montanhosa do Alto Atlas. Espanha, Reino Unido e Qatar também enviaram reforços para auxiliar os marroquinos nas buscas pelas vítimas.

    Com grande parte da zona do terremoto em áreas de difícil acesso, o impacto total ainda não foi registrado. As autoridades não divulgaram quaisquer estimativas sobre o número de pessoas ainda desaparecidas.

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    O Alto Atlas é conhecido pelas característica das suas tradicionais casas de tijolo de barro, pedra e madeira áspera. Porém, essas construções tradicionais desmoronaram facilmente em montes de escombros quando o terremoto ocorreu e tornam a busca por sobreviventes mais difícil.

    “É difícil retirar as pessoas com vida porque a maioria das paredes e tetos se transformaram em escombros de terra quando caíram, enterrando quem estava lá dentro sem sair do espaço aéreo”, disse um militar que ajuda nos resgates, à mídia local.

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    O terremoto também destruiu parte do patrimônio cultural de Marrocos. Os edifícios da cidade velha de Marraquexe, Patrimônio Mundial da UNESCO, foram danificados e a Mesquita Tinmel, do século XII, também teve grande parte da sua construção afetada.

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    De acordo com o Serviço Geológico dos EUA, o terremoto foi o mais mortal da do Norte da África desde 1960, quando se estima que um tremor tenha matado pelo menos 12 mil pessoas, e o mais poderoso desde pelo menos 1900.

    Até o momento, nem o rei Mohammed VI nem o primeiro-ministro Aziz Akhannouch se pronunciaram sobre a tragédia. O porta-voz do governo, Mustapha Baytas, disse que todos os esforços estavam sendo executados. O governo disse que enviou o Exército e está reforçando as equipes de busca e salvamento, fornecendo água potável e distribuindo alimentos, tendas e cobertores.

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    Enquanto isso, em Imgdal, uma aldeia a cerca de 75 quilômetros a sul de Marraquexe, sobreviventes se amontoam em tendas improvisadas montadas ao longo da estrada e junto a edifícios danificados. Já na aldeia de Tafeghaghte, o morador Hamid ben Henna descreveu como o seu filho de oito anos morreu nos destroços depois de ter ido buscar uma faca à cozinha para cortar um melão enquanto a família jantava. O resto da família sobreviveu.

    A União Europeia disse que vai liberar um montante inicial de 1 milhão de euros (R$ 5,2 milhões) para organizações de ajuda não governamentais marroquinas. Autoridades europeias também afirmaram já estar em contato com o governo de Marrocos e ofereceram assistência total, caso fosse necessária.

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