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O apelo de mães venezuelanas para Melania Trump interceder em política imigratória

Mães e avós pedem à primeira-dama que facilite o retorno de crianças que permanecem nos EUA apesar da deportação dos pais

Por Paula Freitas Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 5 set 2025, 17h18

Mães e avós venezuelanas apelaram à primeira-dama dos Estados Unidos, Melania Trump, para que ajude a deportar crianças que ficaram nos EUA sozinhas após os pais terem sido enviados de volta à Venezuela, mostrou uma reportagem da agência de notícias Associated Press nesta sexta-feira, 5. Além de mãe, Melania é imigrante: nasceu na antiga Iugoslávia, atual Eslovênia, e se mudou para Nova York para seguir a carreira de modelo em 1996.

O grupo, apoiado pelo regime de Nicolás Maduro, enviou uma carta ao governo de Donald Trump apelando pelo retorno dos filhos e netos. O documento, obtido pela AP, foi enviado em 18 de agosto à Casa Branca.

“Pedimos a vocês, mães, que levantem nossas vozes, que ajudem nossos filhos a retornarem para seus lares, que sejam uma ponte para a justiça e a humanidade que vocês mesmas clamam”, escreveram em espanhol, segundo uma cópia compartilhada com a AP. “Pedimos a vocês que ouçam o clamor das famílias, que impeçam que essa política de separação continue, que simplesmente deportem mães e seus filhos.”

Segundo o governo venezuelano, mais de 10 mil imigrantes retornaram ao país vindos dos EUA até meados de agosto. Muitos deles, contudo, sem os filhos. Ao retornar à Casa Branca, em 20 de janeiro, Trump endureceu as regras de imigração e ampliou o cerco a indocumentados. Ele também enviou dezenas de venezuelanos ao Cecot, uma prisão de segurança máxima em El Salvador, sob acusações de que faziam partes de gangues, como Tren de Aragua e Cartel de Sinaloa.

Um dos casos emblemáticos foi a separação de Maikelys Espinoza, de 2 anos, da família. A mãe foi deportada para a Venezuela, enquanto o pai foi enviado a El Salvador. Em maio, a menina foi devolvida à mãe. No mês seguinte, o pai foi libertado junto a outros 200 venezuelanos como parte de uma troca de prisioneiros com os EUA — na ocasião, 10 americanos que estavam detidos na Venezuela foram soltos.

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Em agosto, meses após o retorno de Maikelys, o Bureau de Assuntos do Hemisfério Ocidental do Departamento de Estado dos EUA afirmou no X, antigo Twitter, que “ao contrário do regime ilegítimo de Maduro, os Estados Unidos não usam crianças como moeda de troca, e não seremos apressados ​​em transferir menores desacompanhados antes de avaliar cuidadosamente o que é do melhor interesse deles”.

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Drama diário

Mas há mães que ainda estão afastadas dos filhos e sem qualquer perspectiva de que conseguirão um dia reencontrá-los. Entre elas, está María Alejandra Rubio, que  não vê o filho há cinco meses. Depois que foi deportada, o menino foi enviado a casa de um amigo da família na Geórgia. Eles conversam por ligações e, segundo María, a criança pede a todo tempo para voltar à Venezuela.

“Ele me diz: ‘Mãe, eu quero ficar com você. Quero voltar para o meu país com você'”, disse María, signatária do apelo à Melania. “Então, eu realmente gostaria que a primeira-dama colocasse a mão no coração e respondesse à nossa carta.”

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As famílias consideram a permanência das crianças nos Estados Unidos sem os responsáveis uma forma de sequestro. Syntia Cáceres, que também assinou a carta, não tem notícias da neta Aurore, de 4 anos, que foi enviada a um lar adotivo após o filho de Syntia ter sido detido. A avó conseguiu falar com a menina uma vez em agosto. Depois disso, a família disse que foi instruída pelo serviços de proteção à criança instruíram a família a interromper qualquer forma de contato. Agora, ela apela que os dois sejam deportados juntos.

“Você não ter contato com sua filha, você não saber onde sua filha está, é um sequestro. Não sabemos onde ela está”, afirmou ela. “Se eles vão deportar pessoas, não importa, mas deveriam deportá-las junto com seus filhos”, disse ela. “Se (o presidente Donald Trump) não nos quer em seu país, não importa, tudo bem. Nos deportem, nos mandem de volta, mas todos juntos.”

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