Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana
Continua após publicidade

O grito pelo mundo: os efeitos colaterais do aquecimento global

Se não for interrompida pelos países mais poluidores, a tendência terá consequências ainda mais terríveis para a humanidade

Por Alessandro Giannini Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 4 jun 2024, 12h33 - Publicado em 23 dez 2021, 06h00
  • Seguir materia Seguindo materia
  • A imagem da idosa em meio a um incêndio florestal na Grécia evoca O Grito, obra seminal do expressionista norueguês Edvard Munch. Com algumas diferenças entre a fotografia e a tela, o registro mostra o desespero da mulher diante da iminente destruição de sua casa no vilarejo de Gouves, na Ilha de Evia, em um domingo quente, 8 de agosto. Naquele dia, ela e milhares de residentes foram evacuados de barco do local para evitar uma tragédia maior.

    O incêndio na Grécia, como muitos outros ao redor do planeta, é resultado dos efeitos colaterais do aquecimento global. Uma tendência que, se não for interrompida pelos países mais poluidores, entre os quais China, Estados Unidos, Índia, Rússia e Japão, terá consequências ainda mais terríveis para a humanidade. O desafio será limitar o aquecimento a 1,5 grau Celsius, conforme definição do Pacto de Glasgow, referendado na cúpula ambiental COP26.

    No Brasil, o foco das preocupações é a chamada Amazônia Legal Brasileira. Estudos recentes mostram que, com a alta de quase 22% nos desmatamentos da área, a imensa floresta passou a emitir mais dióxido de carbono do que tem capacidade de absorver. A região outrora reconhecida como “pulmão do planeta”, por sua grande capacidade de absorção das emissões que alimentavam a crise climática, agora está causando sua aceleração. O negacionismo ambiental tem sido um obstáculo. Especialistas afirmam que o Brasil já conhece estratégias eficientes de descarbonização e reúne boas condições para utilizá-­las. O Plano Nacional de Prevenção e Controle do Desmatamento, a criação de áreas protegidas e o investimento em biocombustíveis foram algumas delas. Outras precisam ser criadas para a situação que se impõe.

    O documento resultante da 26ª conferência da ONU sobre o clima prevê, entre outros pontos, a diminuição do uso de combustíveis fósseis, a mitigação de catástrofes causadas pela crise ambiental, a revisão dos planos de redução de emissões de gases e a repaginação do sistema de créditos de carbono. Com isso, espera-se que as emissões humanas futuras não excedam 450 bilhões de toneladas — é quase o total de uma década nas taxas anuais atuais. Temos pressa.

    Publicado em VEJA de 29 de dezembro de 2021, edição nº 2770

    Publicidade

    Publicidade
    Imagem do bloco

    4 Colunas 2 Conteúdo para assinantes

    Vejinhas Conteúdo para assinantes

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Black Friday

    A melhor notícia da Black Friday

    BLACK
    FRIDAY

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de 5,99/mês*

    ou
    BLACK
    FRIDAY
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (menos de R$10 por revista)

    a partir de 39,96/mês

    ou

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.