Promoção do Ano: VEJA por apenas 4,00/mês

APURAÇÃO DAS ELEIÇÕES 2024

Continua após publicidade

O Japão conseguiria se defender de um ataque da Coreia do Norte?

Foguete disparado pelo regime de Kim Jong-un evidência a vulnerabilidade do arquipélago nipônico

Por Da redação
Atualizado em 30 ago 2017, 17h23 - Publicado em 30 ago 2017, 15h15

O lançamento de um míssil norte-coreano que sobrevoou o Japão na segunda-feira (terça-feira no horário local) deixou em evidência a vulnerabilidade do arquipélago nipônico, cujos meios de reação parecem limitados. Mas o país é de fato um alvo?

Por que atacar o Japão?

De acordo com os especialistas, a Coreia do Norte não mira especificamente o Japão. A presença de bases militares americanas em território japonês provoca, porém, o temor de que Pyongyang tente atacar os Estados Unidos por meio dessas instalações.

Além disso, considerando-se a posição geográfica do país, dificilmente a Coreia do Norte poderia lançar mísseis em direção ao Oceano Pacífico e aos Estados Unidos sem sobrevoar o Japão. “Os norte-coreanos sabem que o Japão não irá contra-atacar militarmente, mesmo se um míssil sobrevoar o país”, diz Akira Kato, professor de Política Internacional na Universidade J. F. Oberlin.

Também existem as rivalidades históricas entre os dois países. Pyongyang explicou que escolheu o dia 29 de agosto para marcar o 107º aniversário do tratado de anexação da Coreia por Tóquio, assinado em 1910. O período de colonização terminou em 15 de agosto de 1945 com a rendição do Japão ao fim da Segunda Guerra Mundial.

Ao tomar esta decisão, Kim Jong-un “expressou o rancor que o povo coreano sente há muito tempo em relação aos cruéis habitantes do arquipélago japonês, insensíveis ao sangrento 29 de agosto”, de acordo com a agência oficial de notícias do país, a KCNA.

Continua após a publicidade
missil-coreia-japao
mapa (//VEJA)

O que o Japão pode fazer a respeito da ameaça?

Além das sanções unilaterais contra Pyongyang, o Japão exige que o Conselho de Segurança da ONU aumente a pressão contra o regime norte-coreano.

No plano militar, o mais recente lançamento de míssil serve de pretexto para o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, reforçar o sistema de defesa antimísseis. O Japão almeja adicionar um dispositivo Aegis terrestre, em complemento aos navios desse tipo.

“O disparo também iniciará o debate sobre ter o próprio sistema de detecção por satélite”, declarou à agência France Press o especialista em Coreia do Norte Hideshi Takesada, professor da Universidade Takushoku.

Por que o Japão não destruiu o míssil em voo?

O ministro da Defesa do Japão, Itsunori Onodera, explicou que a decisão de não interceptar o míssil norte-coreano com o sistema de defesa antimísseis do país foi baseado em dados de radares que confirmaram que o projétil não seria uma ameaça. Analistas, contudo, questionam se a reação seria a tempo suficiente para evitar uma tragédia.

Embora o Ministério não divulgue a capacidade exata de seu sistema de defesa antimísseis, alguns especialistas apontam que as baterias SM-3 nos navios Aegis têm alcance de 500 quilômetros de altitude. E o míssil norte-coreano de terça-feira sobrevoou o arquipélago a 550 km.

Para completar, a decisão de destruir durante um míssil durante o voo é politicamente difícil de tomar no Japão, “que deseja evitar uma conflagração na península”, explica Robert Dujarric, da Universidade Temple, em Tóquio.

“O Japão não está apenas menos armado como é relutante a qualquer risco”, completou Dujarric.

O ditador da Coreia do Norte, Kim Jong Un - Mísseis
O ditador da Coreia do Norte, Kim Jong Un – 29/08/2017 (KCNA/Reprodução)

(com AFP)

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Veja e Vote.

A síntese sempre atualizada de tudo que acontece nas Eleições 2024.

OFERTA
VEJA E VOTE

Digital Veja e Vote
Digital Veja e Vote

Acesso ilimitado aos sites, apps, edições digitais e acervos de todas as marcas Abril

2 meses por 8,00
(equivalente a 4,00/mês)

Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (equivalente a 12,50 por revista)

a partir de 49,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a 9,90/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.