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‘O lugar de direito da Ucrânia é na Otan’, diz chefe da aliança

Jens Stoltenberg visitou Kiev pela primeira vez desde o início da guerra e prometeu pressionar aliados por uma adesão ucraniana à organização militar

Por Da Redação
20 abr 2023, 11h23

NATO head Jens Stoltenberg (L) shakes hands with Ukrainian President Volodymyr Zelensky at the end of a joint press conference in Kyiv, on April 20, 2023, amid the Russian invasion of Ukraine. - Stoltenberg on April 20, said the Western military alliance would "ensure that Ukraine prevails" against Russia but did not hold out any immediate prospect of alliance membership. (Photo by Dimitar DILKOFF / AFP) — O chefe da Otan, Jens Stoltenberg (esq.), aperta a mão do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, em Kiev. 20/04/2023 - (Dimitar Dilkoff/AFP)

O secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Jens Stoltenberg, afirmou nesta quinta-feira, 20, que o “lugar de direito” da Ucrânia é na aliança militar ocidental. A declaração ocorreu durante sua primeira visita ao país desde a invasão da Rússia, em fevereiro de 2022.

O chefe da Otan visitou a cidade ucraniana de Bucha, um ano após as primeiras denúncias sobre crimes de guerra no local, relacionadas a corpos de civis encontrados em valas coletivas. Stoltenberg disse que ficou “profundamente comovido” com o que viu na cidade.

Desde o início da guerra, a Otan tornou-se uma importante da Ucrânia. A organização ocidental fornece preciosa ajuda bélica e treina as forças de Kiev contra os ataques de Moscou. De acordo com Stoltenberg, desde fevereiro passado, a aliança “entregou mais de 150 bilhões de euros (R$ 833 bilhões) em assistência, incluindo 65 bilhões de euros (R$ 360 bilhões) em ajuda militar”.

“A aliança agora está entregando mais jatos, tanques e veículos blindados”, acrescentou Stoltenberg. “A Otan está com você hoje, amanhã e pelo tempo que for necessário”, completou, dirigindo-se ao presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.

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O líder de Kiev, por sua vez, afirmou que a visita de Stoltenberg é sinal de que a aliança está pronta para iniciar um novo capítulo com Kiev e fez questão de reafirmar um interesse em estreitar os laços entre a Ucrânia e a Otan.

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Zelensky acrescentou que não há “nenhuma barreira objetiva” à adesão ucraniana e disse que seu país deseja saber quando poderá fazer parte da aliança.

“Precisamos de algo mais do que o tipo de relacionamento que estamos tendo agora”, disse Zelensky. “Mas enquanto aguardamos a adesão e não somos membros, queremos ter garantias muito específicas de segurança. Se houver uma oportunidade de [aderir], estaremos prontos do nosso lado”, reforçou.

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Stoltenberg garantiu que o tema da adesão da Ucrânia à Otan e as garantias de segurança ao país invadido estarão “no topo da agenda” na cúpula realizada em julho deste ano, na capital lituana de Vilnius.

“O futuro da Ucrânia está na Otan. Todos os aliados concordam com isso”, disse Stoltenberg, acrescentando que o foco principal da aliança agora é “garantir que a Ucrânia prevaleça”.