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O pacote de sanções dos EUA para frear produção de chips da China

'Controles de exportação' intensificam restrições impostas a grandes fabricantes, obrigando-os a interromper envio de equipamentos a fábricas chinesas

Por Laísa Dall'Agnol Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 8 out 2022, 18h29
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  • Na esteira do contra-ataque ao avanço global da tecnologia chinesa, o governo dos Estados Unidos publicou, na última sexta-feira, 7, um conjunto de “controles de exportação” — o que inclui uma medida para cortar o acesso da China a chips semicondutores que sejam produzidos em qualquer lugar do mundo e que usem equipamentos americanos.

    As regras — algumas das quais começam a valer imediatamente, — intensificam as restrições impostas neste ano aos principais fabricantes — KLA, Lam Research e Applied Materials –, obrigando-os a interromper o envio de equipamentos a fábricas chinesas que produzem os chips.

    O conjunto de medidas é visto como sendo possivelmente uma das maiores mudanças na política dos Estados Unidos em relação ao envio de tecnologia para a China desde a década de 1990. Caso se mostre eficaz, a ofensiva americana pode prejudicar a indústria de chips chinesa, forçando empresas estadunidenses e estrangeiras que usam a tecnologia americana a cortar o apoio para algumas das principais fábricas e designers de chips da China.

    Na quinta-feira, 6, membros do alto escalão do governo americano declararam a jornalistas que muitas das medidas apresentadas têm como objetivo evitar que empresas estrangeiras vendam chips avançados à China, bem como evitar que abasteçam companhias chinesas com ferramentas para produzir seus próprios chips avançados.

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    Os oficiais admitiram, no entanto, que não haviam garantido quaisquer promessas de que países aliados implementariam medidas parecidas e afirmaram que as discussões com essas nações ainda estão em andamento.

    “Reconhecemos que as medidas de controle unilaterais que estão sendo impostas perderão efetividade, com o passar do tempo, se não tivermos o apoio de outros países. E estaremos arriscando a liderança tecnológica americana se concorrentes estrangeiros não forem sujeitos a controles semelhantes”, disse um oficial.

    O Ministério das Relações Exteriores chinês, por meio de uma porta-voz, afirmou que os Estados Unidos “abusaram” das medidas de controle de exportação para manter a hegemonia da ciência e da tecnologia, e declarou que as medidas violam regras comerciais internacionais.

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