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O protagonismo de Trump na articulação do acordo de paz entre Israel e Hamas

Em vitória para Casa Branca, Netanyahu e grupo palestino radical concordaram com primeira fase do plano de cessar-fogo em Gaza

Por Paula Freitas Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 9 out 2025, 09h59

Às vésperas do anúncio do Nobel da Paz, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, deu um novo passo nesta quarta-feira, 8, nas negociações para o fim da guerra em Gaza. O anúncio foi como uma dança coreografada: o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, chega a um encontro entre Trump e jovens de direita na Casa Branca com semblante ansioso, entrega um bilhete ao republicano e sussurra algumas palavras ao pé do ouvido. Pouco depois, o líder americano viria com a notícia de que Hamas e Israel concordaram com a primeira fase do ansiado cessar-fogo, numa vitória para Trump.

Mas as principais movimentações ocorreram a portas fechadas. Em 29 de setembro, Trump recebeu o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, para uma reunião sobre o futuro de Gaza. Mais tarde, o presidente dos EUA viria a anunciar o plano de 20 pontos para o fim do conflito, demonstrando apoio total a Netanyahu em frente às câmeras.

No privado, contudo, a situação era diferente. A proposta de Trump havia sido elaborada após extensas consultas com líderes árabes e muçulmanos nas ONU na semana anterior. Encurralado, Netanyahu descobriu que teria de ceder em uma série de questões previstas no plano e antes abertamente rejeitadas por ele, como a criação de um Estado da Palestina — em setembro, o gabinete do premiê aprovou um controverso plano de assentamentos na Cisjordânia com o objetivo de “enterrar” a ideia de um país para os palestinos.

Em particular, Trump também expressou indignação pelo ataque israelense a Doha, no Catar, enquanto membros do Hamas negociavam um cessar-fogo ainda em estágio delicado. O Catar é considerado um dos mais importantes aliados de Washington fora da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), principal aliança militar ocidental. O país abriga, inclusive, a maior base militar dos Estados Unidos no Oriente Médio, com pelo menos 10 mil soldados.

+ Reunião, sussurro e bilhete: o momento em que Trump soube que acordo de Gaza foi aceito

Netanyahu sob pressão

Com as cartas na manga, o republicano usou a unidade árabe contra o ataque para fazer com que ambos os lados concordassem com o acordo. Mas o “ok” de Netanyahu ainda não tinha sido suficiente para Trump. Sob pressão do governo americano o primeiro-ministro foi obrigado a ligar para o líder do Catar para pedir desculpas.

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No Salão Oval, o presidente dos EUA segurava o telefone para Netanyahu, que lia um pedaço de papel, como mostrou uma foto divulgada pela Casa Branca. Segundo o jornal americano Politico, um alto funcionário do Catar também estava presente na reunião para garantir que Netanyahu cumprisse o roteiro. Depois, Trump também assinou um decreto com garantias de segurança dos EUA ao Catar. A partir de agora, um ataque à nação árabe representa um ataque aos Estados Unidos.

O triunfo de Trump segue a cartilha do seu primeiro mandato, quando os Emirados Árabes Unidos, Bahrein e Marrocos assinaram os Acordos de Abraão, no qual reconheciam o Estado de Israel. Ao retornar à Casa Branca, em 20 de janeiro, planejou a primeira viagem internacional ao Estados do Golfo, Catar, Egito e Abu Dhabi, sem escalas no território israelense.

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Hamas: aceitar ou enfrentar o ‘inferno’

Em paralelo, Trump também aumentou o tom com o Hamas e deu um ultimato para que fechassem o acordo até 5 de outubro, ou enfrentariam “o inferno”. Apesar de não chancelar todos os 20 pontos, o grupo palestino radical sinalizou de que estava disposto a libertar os 48 reféns mantidos em Gaza, dos quais acredita-se que apenas 20 ainda estejam vivos. Desde que retomou o poder, o republicano se reuniu diversas vezes com familiares dos sequestrados. O sinal verde do Hamas foi interpretado por Trump como uma vitória inegável.

Ele publicou uma mensagem de vídeo e republicou a declaração do Hamas, considerado uma organização terrorista pelos EUA. Em nenhuma das declarações, Trump mencionou que os combatentes não haviam dado aval para outras questões da proposta. Com vigor renovado, o líder americano disse ao site de notícias americano Axios que voltou a persuadir Netanyahu, falando a ele: “‘Bibi, esta é sua chance de vitória'”. Mas, como de costume, o presidente dos EUA reiterou que, no final do dia, é ele quem controla as regras do jogo: “Ele estava bem com isso. Ele tem que estar bem com isso. Ele não tem escolha. Comigo, você tem que estar bem”.

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