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O que esperar do último debate entre Trump e Biden

Depois de tumultuado primeiro encontro, novas medidas foram adotadas pela Comissão Eleitoral para tentar conter os ânimos

Por Da Redação Atualizado em 21 out 2020, 20h00 - Publicado em 21 out 2020, 19h53
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  • Três semanas depois de um tumultuado debate, em que trocas de insultos tiveram mais peso que discussões de projetos e propostas, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e seu adversário nas urnas, o democrata Joe Biden, voltam a se encontrar na quinta-feira 22 no último duelo direto entre os dois candidatos antes da eleição de 3 de novembro.

    O embate, que irá acontecer em Nashville, no Tennessee, seria o terceiro de dois encontros planejados. O segundo, que seria em Miami, foi cancelado por causa da infecção de Trump pelo novo coronavírus. O presidente não aceitou um debate virtual com o adversário democrata. Ao invés disso, os dois participaram de eventos paralelos em duas emissoras diferentes.

    Com Trump atrás nas pesquisas de opinião, e em meio a uma onda de entusiasmo em torno do ex-vice-presidente, algumas medidas já foram adotadas para minimizar o caos que reinou no primeiro encontro. Em setembro, o presidente interrompeu Biden 71 vezes, enquanto o democrata cortou o rival 22 vezes. Para tentar conter a tendência, cada candidato terá na quinta-feira dois minutos no começo de cada um dos seis segmentos, durante os quais o microfone do candidato adversário estará silenciado. Uma vez que ambos os candidatos tenham usado seus dois minutos, haverá uma discussão aberta, na qual os microfones permanecerão ligados.

    Em nota, a Comissão Eleitoral, responsável pela preparação do debate, disse ter esperança de um “discurso civilizado para benefício da audiência”. No entanto, o chefe da campanha de Trump, Bill Stepien, reagiu negativamente ao anúncio. 

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    “O presidente Trump está comprometido em debater com Joe Biden independentemente das mudanças de último minuto vindas de uma comissão parcial, em sua última tentativa de dar uma vantagem a seu candidato favorito”, disse. 

    Apesar da mudança, nada indica que o encontro de quinta-feira será diferente. Os microfones estarão abertos durante os “períodos de discussão” de 11 minutos que fecham cada segmento, possibilitando que uma reprise embate caótico do mês passado seja inevitável. 

    A própria jornalista que será responsável por moderar o encontro, Kristen Welker, da NBC, já foi acusada pelo presidente de ser pró-democrata.

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    “Kristen Welker é uma democrata de esquerda radical”, disse Trump durante um comício em Phoenix, no estado do Arizona, na segunda-feira. “Há muito tempo que vem me gritando perguntas e ela não é boa”, acrescentou o presidente.

    Em pesquisa de opinião após o primeiro encontro, eleitores disseram que Trump mostrou suas piores características: ele foi desagradável e rude. Entre os dois erros apontados pelas pesquisas estão o ataque sem precedentes a Hunter Biden, filho do ex-vice-presidente, por ter problemas com drogas no passado. Depois, o fato de não ter condenado sem reservas grupos supremacistas brancos. Ao contrário, ele citou os “Proud Boys”, um grupo nacionalista que prega a superioridade da raça branca, a quem pediu que “recuem e esperem”.

    Recusando-se a ser considerado presidente de um único mandato, Trump tem se dedicado nos últimos dias a atacar a integridade de seu adversário. Sem fornecer fatos concretos, ele diz reiteradamente que os Biden são “uma família do crime”. Trump fala sobre os negócios de Hunter Biden na Ucrânia e na China quando seu pai era vice-presidente de Obama (2009-2017). Altamente sensível a ataques à família, e às vezes perdendo a paciência, Biden deve estar preparado para suportar os golpes.

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    Na entrevista simultânea que substituiu o segundo encontro, Trump também teve problemas envolvendo a teoria da conspiração QAnon, além de ter divulgado informações falsas sobre a eficácia de máscaras faciais como forma de proteção à pandemia. Em análise posterior, Rita Katz, diretora do SITE, associação que monitora grupos extremistas, afirmou que “em um momento de níveis de pico de violência da extrema direita e de um racismo crescente, Trump fez um novo aceno aos supremacistas brancos”. 

    Para o encontro de quinta-feira, Biden chega em uma posição mais forte. Se os eleitores não gostaram de postura de Trump em setembro, é possível que o democrata tente cutucá-lo para que ele volte à forma sem pudor já conhecida do público, e que dialoga apenas com uma base já estabelecida. Os exemplos mostram que, quando forçado a sair de sua zona de conforto e dialogar para pessoas que não formam sua base (sobretudo brancos sem diploma universitário), o presidente frequentemente não vai bem.

    Conhecido por se gabar de seus eventos com milhares de apoiadores, Trump perdeu até mesmo em audiência para o democrata nas entrevistas simultâneas. Neste quesito, 6,9 milhões de domicílios assistiram ao ex-vice-presidente ser questionado, enquanto Trump teve a atenção de 6,3 milhões de casas.

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