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O que sabemos até agora sobre o ataque americano na Síria

Cinquenta e nove mísseis Tomahawk foram lançados de dois destróieres americanos em direção à base aérea síria de Al Shayrat, próxima a Homs

Por Da redação
Atualizado em 30 jul 2020, 20h47 - Publicado em 7 abr 2017, 15h50

Na madrugada dessa sexta-feira o presidente Donald Trump ordenou o lançamento de mísseis contra uma base aérea do regime de Bashar Assad na Síria. A ação foi uma resposta ao ataque químico que matou ao menos 85 pessoas na província de Idlib, no noroeste do país, na terça-feira.

O que sabemos sobre o ataque?

  • Cinquenta e nove mísseis Tomahawk foram lançados de dois destróieres americanos, o USS Ross e o USS Porter, localizados no leste do Mar Mediterrâneo, nas primeiras horas desta sexta-feira (horário local).
  • Os mísseis atingiram a base aérea síria de Al Shayrat, próxima a Homs, de onde o governo americano acredita que o regime de Assad lançou o ataque com armas químicas.
  • A agência de notícias oficial do governo sírio Sana afirmou que pelo menos nove civis, entre eles quatro crianças, morreram no ataque. As informações não foram confirmadas por entidades internacionais ou outras fontes.
  • Um ministro da defesa russo disse, em entrevista a uma televisão estatal local, que o ataque americano foi “inefetivo” e afirmou que as autoridades sírias ainda estão procurando por 36 mísseis que erraram o alvo e caíram fora da base.
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  • Donald Trump ordenou a execução do ataque após dois dias de intensas deliberações. O presidente americano realizou duas reuniões com seus mais importantes conselheiros de segurança nacional antes de tomar a decisão.
  • Ao anunciar os ataques na quinta-feira à noite, Trump afirmou que o ataque químico conduzido pelo regime sírio era “muito bárbaro” e disse que sua decisão iria “prevenir e dissuadir a disseminação e uso de armas químicas mortais “.
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  • A Rússia criticou o ataque americano e manteve suas declarações de que o regime de Assad não havia bombardeado seu povo com armas químicas. Os russos suspenderam a coordenação militar que tinham com os Estados Unidos e acusaram o Ministério das Relações Exteriores de ter planejado o ataque com antecedência. “A parte russa suspende a vigência do memorando que existe para evitar incidentes e garantir a segurança de voos durante as operações (militares) na Síria, assinado com os EUA”, afirmou o Ministério, em uma declaração lida por sua porta-voz, Maria Zakharova.

O que ainda não sabemos?

  • O tamanho do impacto do bombardeio sobre a base aérea afetada pelo acidente. O presidente da segurança nacional dos Estados Unidos, H. R. McMaster, disse que apesar do ataque, Assad ainda poderá “manter outra área particular além dessa base aérea” para usar armas químicas.
  • Ainda não se sabe se Assad ou seus aliados russos e iranianos podem estar planejando algum tipo de reação ou retaliação ao bombardeio dessa madrugada. As autoridades americanas também não se posicionaram sobre esse fato.
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  • Ainda não se sabe se o uso da força militar por Trump é um indício de suas intenções de manter uma política agressiva ou se outros ataques seguirão esse primeiro.
  • Também não é possível saber ainda qual será o impacto político dos ataques nos Estados Unidos. A ação de Trump foi tomada sem o consentimento do Congresso, o que a longo prazo pode ocasionar uma diminuição de seu apoio popular.
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