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O que são os ‘tanques tartaruga’ da Rússia, que dão dor de cabeça a Kiev

Drones ucranianos passaram a avistar com frequência blindados russos envolvidos por uma armadura que lembra um casco de tartaruga

Por Da Redação
Atualizado em 17 Maio 2024, 18h01 - Publicado em 17 Maio 2024, 17h51

Com a intensificação da guerra na Ucrânia nas últimas semanas, alguns drones ucranianos avistaram pelo menos três vezes em Krasnohorivka, a oeste de Donetsk, veículos blindados da Rússia equipados com “armaduras”. Esses estranhos automóveis, apelidados de “tanques tartaruga”, são modelos T-72 e possuem uma grande concha de metal que protege sua infraestrutura, o que lembra o casco duro do réptil.

O veículo aparece na 5ª Brigada de Fuzileiros Motorizados e é responsável por lançar minas no campo de batalha, para explodir ou afastar outros explosivos pelo caminho, abrindo alas para outros automóveis.

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Ambos os lados da guerra se esforçaram para proteger seus tanques com uma série de armaduras adicionais, no afã de bloquear mísseis e drones explosivos. Apesar da blindagem atrair fogo pesado por ser chamativa, os enxames de pequenos drones ucranianos que avistaram os “tanques tartaruga” nas últimas semanas não foram páreo para seu casco.

A superestrutura do tanque se assemelha a um galpão feito de metal enrugado e retorcido. Além de ser resistente a muitos ataques, a blindagem extra fornece camuflagem quando o veículo está parado – alguns são até equipados com bloqueadores de radiofrequência para dificultar ainda mais os ataques de drones.

Entretanto, ele tem certas desvantagens. A armadura pesada retarda o tanque, limita a capacidade de atirar com seus canhões e restringe a visibilidade (estima-se que apenas um de cada quatro veículos do tipo conseguem retornar à sua base depois de um ataque).

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Estruturas históricas

Armaduras similares já foram utilizadas outras vezes pela Rússia, e as chapas metálicas de aparência rudimentar que envolvem os tanques se provaram eficazes no passado. Esse tipo de estrutura remonta à Primeira Guerra Mundial, quando era usada em navios: quando um projétil atingia a primeira camada do casco, ele ficava preso e desviava do curso, causando um impacto menor.

Durante a II Guerra Mundial, essa blindagem foi usada em tanques para protegê-los de ogivas de “carga moldada”. Quando são detonadas, elas até perfuram a armadura, mas ela reduz a eficácia das ogivas. Tendo esse histórico em mente, as forças armadas da Rússia parecem esperar uma proteção semelhante contra os drones baratos e eficazes dos ucranianos.

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