Ofensiva na Síria tem por objetivo evitar mais vítimas civis, diz May
De acordo a premiê britânica, informações indicam que o regime sírio foi responsável por ataque químico contra população do país
A primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May, informou em comunicado divulgado nesta sexta-feira (13) que autorizou as forças armadas britânicas a conduzir uma ação coordenada com França e Estados Unidos com o objetivo de destruir unidades de armas químicas na Síria. Os ataques miraram três alvos nas cidades de Damasco, capital síria, e Homs.
“O regime sírio tem histórico de utilização de armas químicas contra seu próprio povo da maneira mais cruel e abominável”, afirmou May, destacando que o suposto ataque ocorrido no sábado em Duma, na região de Damasco, no qual mais de 75 pessoas teriam morrido, “não deveria surpreender a ninguém”.
De acordo com Theresa May, um conjunto significativo de informações, que inclui o serviço de inteligência, indica que o regime sírio foi responsável por este ataque.
“Esse padrão persistente de comportamento deve ser interrompido – não apenas para proteger pessoas inocentes na Síria das terríveis mortes e baixas causadas por armas químicas, mas também porque não podemos permitir a erosão da norma internacional que impede o uso dessas armas”, pontuou a premiê.
A primeira-ministra britânica afirmou que todos os canais diplomáticos foram utilizados, sem sucesso. “Portanto, não há alternativa viável ao uso da força para destruir e impedir o uso de armas químicas pelo regime sírio. Isso não se trata de intervir em uma guerra civil. Isso não é sobre mudança de regime”, disse May.
“Trata-se de um ataque limitado e direcionado que não agrava ainda mais as tensões na região e que faz todo o possível para evitar vítimas civis. E enquanto esta ação é especificamente sobre dissuadir o regime sírio, também enviará um sinal claro para qualquer outra pessoa que acredita que pode usar armas químicas com impunidade”, destacou a premiê, que avaliou ser esta uma ação de interesse nacional.
“Não podemos permitir que o uso de armas químicas se normalize – dentro da Síria, nas ruas do Reino Unido ou em qualquer outro lugar do mundo”, concluiu.