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Oficial de Comércio dos EUA visita Brasil, focada em ampliar parceria

Embaixadora Katherine Tai reuniu-se com Alckmin para discutir cooperação bilateral nas áreas de energia verde e tecnologia de ponta

Por Amanda Péchy
Atualizado em 9 mar 2023, 10h31 - Publicado em 9 mar 2023, 10h23

A embaixadora Katherine Tai, representante de Comércio dos Estados Unidos, realizou visita oficial ao Brasil em 7 e 8 de março, para discutir cooperação bilateral e multilateral com o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Tai reuniu-se com o vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, e com o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira.

Segundo o Itamaraty, na esfera bilateral, Brasil e Estados Unidos têm expectativa mútua de que a atual conjuntura possa ser traduzida em maiores oportunidades de fomento ao comércio e aos investimentos, com incentivo à construção de cadeias de suprimentos mais resilientes e interligadas.

Dois campos de comércio e investimento se destacaram durante as reuniões: a área de economia verde e tecnologia de ponta.

Em comunicado, o Itamaraty afirmou que há interesse comum na cooperação em energias renováveis – autoridades brasileiras ressaltaram o hidrogênio verde –, que poderiam potencialmente complementar as estruturas produtivas de ambos os países.

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O Brasil também indicou “oportunidades em setores estratégicos como semicondutores, robótica, indústria de saúde, siderurgia e equipamentos”, mas não especificou como ou de qual lado seriam direcionados os investimentos.

Na esfera multilateral, Brasil e Estados Unidos se comprometeram a trabalhar de maneira engajada para a reforma e modernização da Organização Mundial do Comércio (OMC).

Tai procurou distanciar o governo do presidente Joe Biden da estratégia linha-dura de seu antecessor, Donald Trump, de paralisar as funções deliberativas mais básicas da OMC.

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“Todos nós reconhecemos a importância da OMC e todos queremos que ela tenha sucesso”, disse Tai em um encontro de diplomatas em Geneva, no ano passado.

No entanto, em dezembro de 2022, os Estados Unidos voltaram a esnobar o árbitro do comércio global e declararam que não cumpririam uma decisão que considerou que as tarifas de aço e alumínio de Trump, em 2018, violavam as obrigações americanas na OMC. O porta-voz de Tai, Adam Hodge, disse que seu país “não cederá a tomada de decisões sobre sua segurança essencial”.

A postura resoluta do governo Biden pode ter aquecido o coração dos siderúrgicos dos Estados Unidos que se beneficiaram das tarifas protecionistas, mas causou calafrios na comunidade comercial global.

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Durante conversas com Tai, o Brasil ressaltou a importância do mecanismo de solução de controvérsias da OMC, cujo Órgão de Apelação está paralisado, prejudicando a efetividade do sistema multilateral de comércio.

Brasil e Estados Unidos também disseram que a revitalização e o aprofundamento do Acordo de Comércio e Cooperação Econômica (ATEC) contribuirão para a retomada da discussão de temas de interesse comum.

Os Estados Unidos são o segundo principal parceiro comercial do Brasil e principal origem do estoque de investimentos externos no país. Em 2022, o comércio bilateral totalizou US$ 88,7 bilhões, crescimento de 26% na comparação com o ano anterior.

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