Ao menos 44 pessoas morreram desde 9 de julho na mais recente onda de calor enfrentada pelo Japão, segundo a imprensa local. Nesta segunda-feira (23), as temperaturas chegaram à marca recorde de 41,1 graus Celsius em uma cidade ao noroeste de Tóquio.
A temperatura foi registrada em Kumagaya, na região administrativa de Saitama, superando o recorde anterior de 41 graus registrado em Kochi, no oeste do país, em agosto de 2013, disse a Agência Meteorológica do Japão.
O Japão vem sendo assolado por um calor intenso há quase uma quinzena, mas os termômetros voltaram a subir nesta segunda-feira, ultrapassando os 40 graus em uma parte da grande área metropolitana de Tóquio. O centro da capital registrou 39 graus no início da tarde local.
Segundo a Agência de Defesa e Gerenciamento de Incêndios, que publica dados semanais, 12 pessoas morreram devido ao calor até 15 de julho, os números mais recentes disponíveis. Porém, a imprensa local garante que ao menos mais 11 morreram só no último sábado (21) e que milhares foram hospitalizadas.
Entre os mortos está um aluno do ensino fundamental que desmaiou depois de um passeio a um parque localizado a 20 minutos de caminhada da escola.
As temperaturas na antiga capital Kyoto bateram um recorde na semana passada ao superarem os 38 graus durante sete dias seguidos e chegar a 39,8 graus em 19 de julho, o que levou a cidade a cancelar um de seus maiores eventos turísticos anuais, o festival de Gion Matsuri, no sábado (21).
A Agência Meteorológica do Japão aconselha toda a população a tomar medidas apropriadas para evitar o mal-estar causado pelo calor, incluindo beber muita água, ficar longe da luz direta do Sol e usar ar condicionado.
O analista Joel N. Myers, da empresa de meteorologia AccuWeather, afirmou à emissora americana CNN que o número de mortos “provavelmente já chega às centenas, apesar do número oficial “, e pode aumentar ainda mais nos próximos dias.
“Os idosos e aqueles com condições pré-existentes, como asma e insuficiência cardíaca, provavelmente enfrentarão um declínio na saúde devido ao clima”, disse ele em um comunicado.
(Com Reuters)