Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana
Continua após publicidade

ONG denuncia 545 mortes pela repressão do governo da Nicarágua

Entidade de Direitos Humanos registra 4.533 feridos e 1.315 desaparecidos desde o início da crise política no país, em abril

Por Da Redação
23 nov 2018, 15h59

A Associação Nicaraguense Pró-Direitos Humanos (ANPDH) informou nesta sexta-feira (23) que 545 pessoas morreram e 4.533 ficaram feridas desde o início da crise política no país, em 18 de abril.  Outras 1.315 pessoas, todas “sequestradas” por grupos paramilitares, estão desaparecidas.

A repressão às primeiras manifestações, contra a reforma da Previdência, levaram aos protestos contra o governo do presidente Daniel Ortega.

“O número de vítimas está incluído em um relatório preliminar sobre as consequências dos protestos cívicos na Nicarágua como um direito humano”, explicou Álvaro Leiva, secretário-executivo da organização humanitária.

O número de mortos ainda pode aumentar até a conclusão do relatório final. A quantidade de feridos, que era de 4.353, passou para 4.533, segundo a organização.

O governo da Nicarágua, no entanto, reconhece até agora 199 mortes durante a crise. As autoridades também consideram as manifestações como uma tentativa de golpe de Estado, que já teria sido derrotada.

Continua após a publicidade

O relatório indica ainda que 472 manifestantes antigovernamentais e 20 oficiais da Polícia Nacional foram libertados depois de gestões da  ANPDH e da Igreja Católica, que atua como testemunha e mediadora de um diálogo nacional, suspenso desde julho.

A organização registrou que 47 imóveis foram destruídos por grupos paramilitares durante a crise. Outras 40 casas foram alvo de ataques e de saques por policiais e grupos armados não autorizados.

A Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) registra até o momento 325 mortes na Nicarágua. Este órgão fez um alerta no dia 19 de outubro, junto com o secretário-geral da Organização de Estados Americanos (OEA), Luis Almagro, e outros 12 países do continente, sobre o aumento da repressão do regime de Ortega, com aumento no número de pessoas presas.

Continua após a publicidade

Organizações humanitárias locais afirmam haver  pelo menos 610 presos políticos na Nicarágua, mas o governo afirma que os detidos são 273 e os qualifica como “terroristas”, “golpistas” e “delinquentes comuns”.

O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (Acnudh) responsabilizou o governo de Ortega por mais “de 300 mortes”, além de execuções extrajudiciais, tortura, prisões arbitrárias, entre outras acusações. O governo rejeita as acusações.

As manifestações contra o governo começaram por causa de uma reforma da previdência social, que acabou sendo cancelada. Passaram a exigir a renúncia do presidente Ortega, que está há 11 anos consecutivos no poder, e de sua esposa e vice-presidente, Rosario Murillo.

(Com EFE)

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (menos de R$10 por revista)

a partir de 39,96/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.