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ONU compara repressão aos rohingyas a genocídio

É a primeira vez que o órgão usa oficialmente o termo em referência à situação da minoria muçulmana

Por Da redação
Atualizado em 4 jun 2024, 17h34 - Publicado em 5 dez 2017, 21h59
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  • A repressão sistemática e generalizada à qual o Exército birmanês submeteu a minoria muçulmana rohingya tem “elementos de genocídio“, denunciou nesta terça-feira o alto comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Zeid Ra’ad Al Hussein.

    “Considerando a discriminação sistemática da qual são vítimas os rohingyas, as torturas ou maus-tratos, os deslocamentos forçados e a destruição sistemática de vilarejos (…) pode-se negar a possível presença de elementos de genocídio?”, questionou.

    O alto comissário foi o primeiro orador de uma sessão especial que o Conselho de Direitos Humanos da ONU organizou nesta terça para analisar a situação da minoria rohingya, uma comunidade de muçulmanos que vivem há séculos no norte de Mianmar, mas que não são reconhecidos como cidadãos pelas autoridades do país.

    Em meados de agosto, o Exército de Salvação Rohingya de Arakan (ARSA) atacou postos das forças de segurança birmanesas. Em resposta, o Exército e polícia de Mianmar organizaram uma devastadora repressão. Cerca de 626.000 pessoas foram obrigadas a fugir para Bangladesh desde então.

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    Segundo Zeid, a repressão brutal é somente mais um exemplo da discriminação a qual a comunidade foi submetida durante décadas. “Os rohingyas sofreram uma progressiva intensificação da discriminação durante os últimos 55 anos, e muito mais nos últimos cinco do que nos 50 anteriores”, disse.

    O alto comissário afirmou ainda que “não houve nenhuma reação por parte das autoridades para evitar” a incitação ao ódio e à violência contra a comunidade. Pediu aos 47 Estados membros do Conselho que “tomem as ações apropriadas para acabar agora com esta loucura”.

    Além disso, Zeid lamentou a proibição instalada pelas autoridades birmanesas à entrada dos investigadores e funcionários da ONU na região oeste de Mianmar. A fronteira entre Mianmar e Bangladesh está coberta de minas terrestres instaladas pelo Exército, “possivelmente para evitar que os refugiados voltem à Mianmar”.

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    A ONU denunciou em várias ocasiões a “limpeza étnica” das autoridades birmanesas, majoritariamente budistas, contra a minoria muçulmana. Porém, essa foi a primeira vez em que o termo genocídio foi usado oficialmente.

    (com EFE e AFP)

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