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ONU compara repressão aos rohingyas a genocídio

É a primeira vez que o órgão usa oficialmente o termo em referência à situação da minoria muçulmana

Por Da redação
Atualizado em 4 jun 2024, 17h34 - Publicado em 5 dez 2017, 21h59
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  • Imagens do dia - Refugiados rohingyas em Bangladesh
    Um refugiado rohingya têm o filho morto em seus braços após atravessar o rio Naf, chegando em Whaikhyang, no Bangladesh. Um membro da ONU diz que o plano de construir um acampamento para mais de 800.000 muçulmanos que fogem de Myanmar devido às repressões, era perigoso porque a superlotação poderia aumentar os riscos de doenças mortais, espalhando-se rapidamente - 09/10/2017 (Indranil Mukherjee/AFP)

    A repressão sistemática e generalizada à qual o Exército birmanês submeteu a minoria muçulmana rohingya tem “elementos de genocídio“, denunciou nesta terça-feira o alto comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Zeid Ra’ad Al Hussein.

    “Considerando a discriminação sistemática da qual são vítimas os rohingyas, as torturas ou maus-tratos, os deslocamentos forçados e a destruição sistemática de vilarejos (…) pode-se negar a possível presença de elementos de genocídio?”, questionou.

    O alto comissário foi o primeiro orador de uma sessão especial que o Conselho de Direitos Humanos da ONU organizou nesta terça para analisar a situação da minoria rohingya, uma comunidade de muçulmanos que vivem há séculos no norte de Mianmar, mas que não são reconhecidos como cidadãos pelas autoridades do país.

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    Em meados de agosto, o Exército de Salvação Rohingya de Arakan (ARSA) atacou postos das forças de segurança birmanesas. Em resposta, o Exército e polícia de Mianmar organizaram uma devastadora repressão. Cerca de 626.000 pessoas foram obrigadas a fugir para Bangladesh desde então.

    Segundo Zeid, a repressão brutal é somente mais um exemplo da discriminação a qual a comunidade foi submetida durante décadas. “Os rohingyas sofreram uma progressiva intensificação da discriminação durante os últimos 55 anos, e muito mais nos últimos cinco do que nos 50 anteriores”, disse.

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    O alto comissário afirmou ainda que “não houve nenhuma reação por parte das autoridades para evitar” a incitação ao ódio e à violência contra a comunidade. Pediu aos 47 Estados membros do Conselho que “tomem as ações apropriadas para acabar agora com esta loucura”.

    Além disso, Zeid lamentou a proibição instalada pelas autoridades birmanesas à entrada dos investigadores e funcionários da ONU na região oeste de Mianmar. A fronteira entre Mianmar e Bangladesh está coberta de minas terrestres instaladas pelo Exército, “possivelmente para evitar que os refugiados voltem à Mianmar”.

    A ONU denunciou em várias ocasiões a “limpeza étnica” das autoridades birmanesas, majoritariamente budistas, contra a minoria muçulmana. Porém, essa foi a primeira vez em que o termo genocídio foi usado oficialmente.

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    (com EFE e AFP)

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