As Nações Unidas informaram, nesta terça-feira, 10, que o conflito entre Israel e os terroristas do grupo palestino Hamas já apresenta evidências de possíveis crimes de guerra, apenas quatro dias depois do primeiro ataque.
As provas coletadas pela Comissão Internacional Independente de Inquérito das Nações Unidas sobre o Território Palestino Ocupado serão levadas ao Tribunal Penal Internacional (TPI), em Haia, com a promessa de responsabilizar legalmente os autores envolvidos, diretamente ou não, em ambos os lados dos ataques.
“Já existem evidências claras de que crimes de guerra podem ter sido cometidos na última explosão de violência em Israel e Gaza, e todos aqueles que violaram o direito internacional e atacaram civis devem ser responsabilizados por seus crimes”, disse a comissão em nota.
+ Primeiro voo para resgate de brasileiros decola de Israel
O texto também aponta para “as relações abomináveis” entre grupos armados e centenas de pessoas desarmadas, e condena o ato de “tomar civis como reféns e usar civis como escudos humanos”. A comissão trata com preocupação o último ataque de Israel e o anúncio de um cerco completo à Faixa de Gaza, “o que, sem dúvida, custará vidas de civis e constituições”, de acordo com a comissão.
Para solucionar o conflito, as Nações Unidas sugerem “o fim da ocupação ilegal do território palestino e o reconhecimento do direito do povo palestino à autodeterminação”, uma das principais fontes de discórdia entre israelenses e palestinos. A intensidade dos ataques na região é a maior em 50 anos.
O órgão internacional declarou que há urgência em cessar todas as formas de violência e a retomar o respeito aos direitos humanos lavrados em acordos internacionais, incluindo a libertação imediata de reféns.