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ONU é instada a transferir cúpula do clima do Egito por ‘tortura LGBTQ+’

Conselheiro da Casa Branca, que irá participar da reunião, teme ser alvo de homofobia no país, conhecido pela intolerância à diversidade sexual e de gênero

Por Da Redação
15 jul 2022, 14h15
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  • Um conselheiro da Casa Branca e seu parceiro pediram às Nações Unidas que mudem a sede da 27ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (Cop27), que seria realizada este ano no Egito, para outro país que não seja hostil à comunidade LGBTQ+.

    O casal, Jerome Foster e Elijah Mckenzie-Jackson, escreveu para Patricia Espinosa, secretária executiva da Convenção sobre Mudança do Clima das Nações Unidas para condenar a escolha do país africano como anfitrião da cúpula devido à sua “tortura LGBTQ+ , massacre de mulheres e supressão de direitos civis”.

    Foster, membro do Conselho Consultivo de Justiça Ambiental da Casa Branca no governo de Joe Biden, disse que temia ser atacado ou preso por causa de sua sexualidade se fosse ao Egito.

    “Ser gay no Egito é assustador. Não vamos colocar nossas vidas em risco e não queremos que mais ninguém tenha suas vidas em risco”, afirmou ele ao jornal britânico The Guardian

    Outros ativistas ambientais também expressaram preocupação com a repressão das forças de segurança do país a grupos de direitos indígenas e pessoas da comunidade LGBTQ+ em protestos que poderão ocorrer durante o evento.

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    Sameh Shoukry, ministro das Relações Exteriores do Egito, disse que o governo atribuirá “uma instalação adjacente ao centro de conferências” para conter ativistas. 

    Atualmente, a homossexualidade não é considerada um crime no Egito, mas as autoridades reprimiram dezenas de membros da comunidade LGBTQ+ com uma lei que castiga “libertinagem”, com penas de até três anos de prisão, e em alguns casos também com uma lei contra a prostituição.

    A Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas de 2022 está prevista para ocorrer em novembro na cidade de Sharm el-Sheikh, no litoral do Egito. 

    Milhares de delegados de países de todo o mundo, incluindo vários chefes de estado, devem comparecer ao evento, em meio a crescentes preocupações com a crise alimentar global e o fracasso dos governos em reduzir suas emissões de carbono.

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