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ONU: empresas petrolíferas não são ‘compatíveis com a existência humana’

Em Davos, o secretário-geral da ONU, António Guterres, pediu que empresas façam planos para atingir neutralidade de carbono até o fim do ano

Por Da Redação
18 jan 2023, 16h37
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  • O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, acusou nesta quarta-feira, 18, as maiores empresas de combustíveis fósseis do mundo de se recusarem a abandonar um modelo de negócios que vai contra, em suas palavras, a sobrevivência humana.

    Durante o discurso realizado no Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça, Guterres fez duras críticas às maiores empresas petrolíferas do mundo. Muitas, inclusive, enviaram representantes à reunião anual.

    O chefe das Nações Unidas afirmou que revelações recentes de que a ExxonMobil sabia, desde a década de 1970, que seu principal produto iria “assar nosso planeta” tornam a indústria do petróleo semelhante à do tabaco, que sabia que o tabagismo levava ao câncer.

    “A indústria do petróleo vendeu uma grande mentira. E, como na indústria do tabaco, os culpados devem ser responsabilizados”, declarou.

    “Hoje, os produtores de combustíveis fósseis e seus facilitadores ainda estão correndo para expandir a produção, sabendo muito bem que seu modelo de negócios é inconsistente com a sobrevivência humana. Essa insanidade pertence à ficção científica, mas sabemos que o colapso do ecossistema é um fato científico frio e difícil”, completou.

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    Um dos principais temas da reunião em Davos foi a necessidade de intensificar o combate global a crise climática. Guterres, no entanto, voltou a dizer que muitas das promessas feitas pelas empresas para alcançar a neutralidade de carbono (emissões líquidas zero) são apenas estratégias de “greenwashing” – o famoso “para inglês ver” do ambientalismo.

    O chefe das Nações Unidas destacou que, pra alcançar as metas climáticas acordadas pela comunidade internacional, é preciso o envolvimento total do setor privado, mas os compromissos “são muitas vezes duvidosos ou obscuros”.

    “Isso pode induzir o erro entre consumidores, investidores e reguladores com narrativas falsas. Alimenta uma cultura de desinformação climática e confusão”, disse, defendendo que grandes corporações devem apresentar planos críveis e transparentes para atingir a neutralidade de carbono até o final do ano.

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    O aumento dos preços da energia causado pela invasão da Ucrânia pela Rússia levou alguns países a intensificar o uso do carvão como substituto do gás natural encarecido, mas Guterres alertou que o mundo estava em uma corrida contra o tempo para reduzir as emissões de carbono.

    “A batalha para manter o limite de 1,5º C [acima dos níveis pré-industriais] vivo será vencida ou perdida nesta década”, alegou. “Agora, meus amigos, está sendo perdida.”

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