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Operação de Israel em Rafah trará ‘graves consequências’, alerta Itamaraty

Em comunicado, MRE advertiu que investida terrestre poderá provocar "novas vítimas civis" e "novo movimento de deslocamento forçado" de palestinos

Por Da Redação
Atualizado em 7 Maio 2024, 17h19 - Publicado em 13 fev 2024, 13h59

O Ministério das Relações Exteriores (MRE) advertiu nesta terça-feira, 13, sobre “graves consequências” se uma operação militar de Israel na superpovoada cidade de Rafah, ao sul da Faixa de Gaza, for “levada a cabo”. Em comunicado, o Itamaraty disse que a investida terrestre poderá provocar “novas vítimas civis” e “um novo movimento de deslocamento forçado de centenas de milhares de palestinos, como vem ocorrendo desde o início do conflito”, iniciado em 7 de outubro de 2023. Até o momento, as Nações Unidas estimam em mais de 1,8 milhão o número de deslocados internos.

“O início dos deslocamentos forçados, primeiramente do Norte para o Sul de Gaza, a partir de 8 de outubro, é elemento indissociável da dramática crise humanitária vivida há quatro meses pela população de Gaza, e mereceu a condenação do Brasil e de boa parte dos países, à luz do direito internacional e do direito internacional humanitário”, afirmou o governo brasileiro.

A declaração reforça que Rafah, novo epicentro dos bombardeios de Tel Aviv, foi “indicada inicialmente como área segura pelas autoridades israelenses”. Como consequência, metade da população de Gaza migrou para a cidade, que agora abriga mais de 1 milhão de pessoas e enfrenta uma grave emergência humanitária. Por lá, os recém-chegados vivem em tendas improvisadas e há escassez de medicamentos e de água.

+ Israel resgata 2 reféns em Gaza e bombardeios deixam mais de 100 mortos

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Rafah na mira

Ainda nesta segunda-feira, 12, o chefe de Direitos Humanos da ONU, Volker Turk, alertou que “para além da dor e do sofrimento das bombas e das balas, esta incursão em Rafah também pode significar o fim da escassa ajuda humanitária”. Ele apelou também para que Israel respeite as ordens da Corte Internacional de Justiça (CIJ), que insta a prevenção do deslocamento, da privação e da destruição da vida na Faixa. Até o momento, o Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo grupo palestino radical Hamas, registrou mais de 28 mil vítimas na região.

A organização humanitária Crescente Vermelho Palestino estima que mais de 100 pessoas morreram nos ataques aéreos que sucederam a incursão terrestre realizada por Israel nesta segunda-feira, quando dois reféns do Hamas foram resgatados: os argentinos-israelenses Fernando Simón Marman, de 60 anos, e Luis Har, de 70. Eles foram sequestrados em um kibutz no primeiro dia do conflito. Acredita-se que os militantes ainda mantenham mais de 100 pessoas em cárcere. Ao menos 31 reféns morreram no cativeiro em Gaza.

A nota do governo brasileiro reiterou “sua conclamação em favor da cessação das hostilidades e da libertação dos reféns em poder do Hamas como passos para a superação da crise humanitária em Gaza”. O Itamaraty defendeu, além disso, a solução de dois Estados, “com um Estado da Palestina viável, convivendo lado a lado com Israel, em paz e segurança, dentro de fronteiras mutuamente acordadas e internacionalmente reconhecidas, que incluem a Cisjordânia, Gaza e Jerusalém Oriental como sua capital”. A proposta, no entanto, é rejeitada pelo primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu.

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