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Operação militar dos EUA no Afeganistão mata principal líder da Al Qaeda

Ayman al-Zwahiri assumiu comando de grupo terrorista após morte de Osama bin Laden, em maio de 2011

Por Da Redação Atualizado em 1 ago 2022, 19h36 - Publicado em 1 ago 2022, 19h26

Uma operação militar dos Estados Unidos durante o fim de semana no Afeganistão matou o principal líder da Al Qaeda, Ayman al-Zwahiri, disseram fontes do governo americano à imprensa internacional nesta segunda-feira, 1. O médico egípcio era há décadas uma das pessoas mais procuradas do mundo e era acusado de ser um dos cérebros por trás dos ataques de 11 de setembro de 2001 junto a Osama bin Laden.

O ataque que matou al-Zwahiri foi feito com drones em Cabul e é, até onde se sabe, a primeira operação militar americana no Afeganistão desde a retirada de tropas em agosto do ano passado, após 20 anos de ocupação. Al-Zwahiri assumiu o comando da Al Qaeda após a morte de Bin Laden, em maio de 2011, posição com que fez com que os EUA oferecessem uma recompensa de 25 milhões de dólares por sua cabeça.

“Ao longo do fim de semana, os Estados Unidos conduziram uma operação de contraterrorismo contra um alvo importante da Al Qaeda no Afeganistão. A operação foi bem-sucedida e não houve mortes de civis”, disse uma autoridade americana a jornalistas. Embora a morte ainda não tenha sido confirmada oficialmente pelo governo americano, a Casa Branca emitiu um comunicado afirmando que o presidente Joe Biden fará um pronunciamento à nação às 19h30 (20h30 em Brasília).

+ EUA incluem supostos afiliados da al-Qaeda no Brasil em lista de sanções

Médico cirurgião, al-Zawahiri passou boa parte dos seus 70 anos na militância radical, depois de entrar para a Irmandade Islâmica ainda na adolescência e fundar o grupo terrorista Jihad Islâmica em 1979. Depois de ser preso por planejar um atentado ao então presidente egípcio Anuar Sadat, ele se juntou à Al Qaeda na década de 1990. Posteriormente, ajudou a orquestrar os ataques de 11 de setembro de 2001, quando quatro aviões civis foram sequestrados e jogados contra as Torres Gêmeas, em Nova York, o Pentágono e um campo na Pensilvânia, matando quase 3 mil pessoas.

Mais cedo nesta segunda-feira, um porta-voz do Talibã, grupo que controla o Afeganistão desde agosto do ano passado, afirmou que o ataque a drone em uma área residencial de Cabul no domingo “é uma clara violação dos princípios internacionais e do Acordo de Doha”, em referência ao acordo que estabeleceu em 2020 a saída de tropas americanas do país.

“A natureza do incidente não foi revelada a princípio. As agências de segurança e inteligência do Emirado Islâmico investigaram o incidente e descobriram que o ataque foi realizado por drones americanos”, afirmou o grupo. “Tais ações são uma repetição das experiências fracassadas dos últimos 20 anos”.

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