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Oposição pede intervenção dos EUA nas Maldivas por caos político

Suprema Corte revogou a anulação da condenação de opositores após detenção de magistrados

Por Da redação
7 fev 2018, 09h18
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  • O pequeno arquipélago turístico das Maldivas, no Oceânico Índico, encontra-se mergulhado em uma crise política depois da prisão do presidente da Suprema Corte. Na terça-feira, a oposição pediu a intervenção militar dos Estados Unidos e da Índia para derrubar o presidente Abdulah Yameen.

    O presidente da Suprema Corte, Abdullah Saeed, e outro juiz foram detidos sob acusação de corrupção, cinco dias depois que o tribunal superior desafiou o regime ao suspender as sentenças que pesavam contra nove dos opositores mais proeminentes.

    Centenas de manifestantes reunidos diante da sede da Corte foram dispersados com uso de gás lacrimogêneo na segunda e terça-feira.

    Diante desta situação de instabilidade, vários países, como França, China e Índia, aconselharam seus cidadãos a não realizar viagens turísticas ao arquipélago de 340.000 habitantes, conhecido por suas praias paradisíacas de areias branca e mar turquesa.

    O presidente das Maldivas decretou na segunda-feira estado de emergência de 15 dias, depois de ter se negado na semana passada a libertar vários presos políticos, desobedecendo a ordem da justiça. A decisão incluía a anulação da condenação do ex-presidente Mohamed Nasheed, que vive exilado no Reino Unido.

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    O ex-ditador e meio-irmão de Abdulah Yameen, Maumoon Abdul Gayoom, foi detido pela polícia e o Parlamento, teoricamente controlado pela oposição, foi suspenso desde sábado.

    Mudança na decisão

    Na terça-feira, contudo, três magistrados da Suprema Corte emitiram uma decisão que revoga a anulação da condenação dos opositores.

    A decisão dos juízes – os que ainda permanecem em liberdade – foi anunciada, curiosamente, pouco depois do governo decidir eliminar a parte do estado de emergência que anulava o poder do Supremo como máxima instância de decisão legal do país.

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    A Presidência do país deu as “boas-vindas” à nova decisão emitida pelos três magistrados em um comunicado na sua página na internet. O estado de emergência, contudo, ainda segue vigente em todas as outras áreas das Maldivas.

    Apelo aos Estados Unidos

    A decisão da última quinta-feira beneficiava o ex-presidente Mohamed Nasheed, o primeiro eleito democraticamente no país. Ele foi condenado por deter ilegalmente um juiz durante seu mandato, mas teria sua pena suspensa caso a decisão da Suprema Corte não tivesse sido revogada.

    Em uma mensagem no Twitter, Nasheed, exilado no Reino Unido e que se encontra atualmente em Colombo, no Sri Lanka, pediu à Índia para enviar uma representação diplomática “respaldada pelo seu exército” às Maldivas para libertar os juízes e políticos detidos.

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    Além disso, pediu aos Estados Unidos para “deter todas as transações financeiras dos líderes do regime maldivo através de bancos americanos”.

    A comunidade internacional seguiu manifestando seu apoio ao Supremo e exigiu do governo que acate a decisão emitida pelo tribunal na semana passada.

    (Com AFP e EFE)

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