Fortaleça o jornalismo: Assine a partir de R$5,99
Continua após publicidade

Orbán supera oposição unida e conquista quarto mandato seguido na Hungria

Com 91% dos votos apurados, partido do premiê nacionalista somava 135 das 199 cadeiras no Parlamento

Por Da Redação Atualizado em 4 abr 2022, 17h27 - Publicado em 4 abr 2022, 08h14
  • Seguir materia Seguindo materia
  • O primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, venceu as eleições legislativas deste domingo, 3, com resultados preliminares mostrando uma grande margem de vantagem de seu partido, apesar de a oposição ter se unido em torno de um candidato único pela primeira vez em 12 anos.

    A oposição, formada por seis diferentes linhas ideológicas, reconheceu a derrota para o Fidesz, partido do premiê da extrema-direita nacionalista, depois de Orbán declarar uma “vitória excepcional” que lhe garantiu seu quarto mandato consecutivo, seu quinto na história do país.

    Com 91% dos votos apurados, o Fidesz havia conquistado 135 das 199 cadeiras no Parlamento, enquanto a oposição tinha 56 assentos. Com esses resultados, Orbán repete o desempenho de 2010, 2014 e 2018 e tem dois terços do Parlamento, uma maioria que permite que aprove mudanças na Constituição sem depender da oposição.

    “Conseguimos uma enorme vitória”, disse o controverso premiê, diante de milhares de correligionários. “Uma vitória que, talvez, possa ser vista desde a Lua, mas certamente, que pode ser vista desde Bruxelas”, em referência clara à União Europeia, que abriu expediente contra a lei húngara que limita os ensinos nas escolas sobre homessexualidade e questões de gênero

    Continua após a publicidade

    Os resultados confirmam também as diferenças dentro da Hungria, com o Fidesz dominando em localidades rurais, e a oposição tendo vantagem nas grandes cidades. Uma das surpresas das eleições foi o desempenho do partido de extrema-direita Nossa Pátria, que supera, até o momento, a barreira dos 5% dos votos e poderia conseguir cinco cadeiras no Parlamento, pelo menos.

    Nas últimas duas eleições na Hungria, em 2014 e 2018, a missão de observação enviada pela Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) classificou os pleitos como “livres”, mas também como “injustos”.

    As críticas da instituição giravam em torno de uma cobertura jornalística constante e muito favorável ao primeiro-ministro, que controla quase todos os veículos de imprensa do país; e pela pouca diferença entre a propaganda de Estado e a do partido de Orbán.

    A organização anticorrupção K-Monitor informou, em recente relatório, que o Fidesz gastou oito vezes mais nas últimas eleições do que todos os partidos de oposição juntos. Péter Márki-Zay, o candidato a primeiro-ministro da oposição, descreveu as eleições da Hungria como uma luta de “Davi contra Golias”, devido ao “maquinário de propaganda, com recursos ilimitados” do governismo.

    Continua após a publicidade

    De acordo com analistas, a guerra na Ucrânia beneficiou Orbán, que se apresentou diante do eleitorado como um garantidor da estabilidade em tempos turbulentos. O tema foi inclusive explorado pelo premiê. 

    A guerra mudou tudo, também nossa campanha”, disse o primeiro-ministro durante comício no mês passado, acrescentando que os húngaros devem eleger entre “a guerra ou a paz”. Para Orbán, a oposição ao seu governo é belicista, por sua solidariedade com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.

    O premiê foi, durante anos, o aliado europeu mais próximo ao presidente da Rússia, Vladimir Putin. Contudo, embora a Hungria tenha se juntado às sanções da União Europeia, se negou a fornecer armas para Kiev, proibindo, inclusive, a passagem de material bélico em seu território.

    Publicidade

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Domine o fato. Confie na fonte.

    10 grandes marcas em uma única assinatura digital

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de 5,99/mês*

    ou
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (equivalente a 9,98 por revista)

    a partir de 39,90/mês

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.