Orçamento de Trump prevê mais investimento militar e menos social
O projeto de orçamento divulgado pelo presidente dos EUA prevê cortes em importantes programas sociais e no Departamento de Estado
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, divulgou nesta quinta-feira a primeira versão de seu projeto orçamentário para o país. A fim de compensar os aumentos nos gastos com armas, segurança nas fronteiras e outros instrumentos de defesa, o presidente americano propôs cortes em programas de assistência social e no Departamento de Estado.
Na administração Trump, a segurança aérea e naval americana, assim como a fiscalização das fronteiras e o controle da imigração são prioridades. Por outro lado, os Departamentos de Habitação e Desenvolvimento Urbano, Saúde e Serviços Humanos, e Educação sofrerão cortes de mais de 10% em seus orçamentos caso a proposta seja aprovada. A Agência de Proteção Ambiental e o Departamento de Estado seriam os mais prejudicados, com cortes de 31,4% e 28,7%, respectivamente.
Trump pretende injetar mais 54 bilhões de dólares no orçamento destinado ao Ministério da Defesa americano para, entre outras coisas, ampliar a frota naval e de jatos dos EUA. Além disso, a proposta prevê a injeção de 314 milhões de dólares nas forças que controlam as fronteiras e a imigração e a privatização do sistema de controle aéreo do país, para modernizar o atual.
Cortes
Para o presidente americano, a Corporação de Serviços Legais do governo, que fornece auxílio judicial e advogados gratuitos a quase 2 milhões de pessoas ao ano, é dispensável. O plano de Trump é suspender totalmente o projeto que auxilia mulheres a conseguirem ordens de restrição contra parentes agressivos e cidadãos de baixa renda a contratarem advogados para problemas relacionados à habitação.
O magnata também quer eliminar um programa de assistência social que ajuda famílias carentes a arcar com suas contas de energia elétrica. Segundo a administração do projeto, mais de 7.500 casas na área rural de Massachusetts foram atendidas no último ano e o corte seria devastador para a região.
O plano orçamental de Trump deve ser aprovado pelo Congresso antes de entrar em vigor. A proposta pode sofrer alterações ao longo do processo, mas representa um esboço das prioridades da administração e da visão do novo presidente para o país.