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‘Orlando é para todos’, diz Buddy Dyer, prefeito da cidade

O explica por que o destino atrai tantos turistas e investidores brasileiros — e diz que o lugar recebe, sem distinção, de executivos a 'empregadas'

Por João Batista Jr. Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 4 jun 2024, 14h46 - Publicado em 21 fev 2020, 06h00

Recentemente, o ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que, na época do câmbio baixo, até “empregadas” estavam indo à Disney. O que o senhor achou da declaração? O dólar valorizado ante o real tem impacto no perfil do público que chega a Orlando? Não sabia dessa frase, mas aqui em Orlando todos são bem-vindos, não importa a origem ou a profissão que exerçam. Nos últimos anos, por exemplo, criamos um programa para ajudar porto-riquenhos afetados por desastres naturais, auxiliando-os com moradia, carteira de motorista, referência de empregos e serviços médicos.

Por que os brasileiros gostam tanto de Orlando? Não são só eles. Em 2019, recebemos 75 milhões de visitantes de todo o mundo. Desse total, 800 000 vieram do Brasil. No momento, há na cidade 30 000 moradores brasileiros. É um número substancial, ficamos felizes com isso. Orlando é receptiva, segura, apoia a diversidade cultural e novos investimentos.

Há muitos empresários e celebridades brasileiros comprando imóveis em sua cidade. O mercado imobiliário é o que mais atrai dólares de estrangeiros? Existem investimentos enormes no mercado de imóveis, tanto comerciais quanto residenciais. Isso porque a cidade está com a economia em crescimento e com bastante liquidez. Mas há quem invista em outros segmentos. Alguns brasileiros apostam em franquias variadas, como as de times de futebol. Antes, eles investiam mais em Miami, mas viram em Orlando um ambiente mais familiar e, ao mesmo tempo, progressista.

Como avalia a decisão do governo de Donald Trump de deportar brasileiros ilegais? Só posso falar da administração da cidade. Em Orlando, a polícia não pergunta a ninguém sobre seu status de imigração. Há uma orientação para que todos sejam integrados à comunidade, aliás. Por aqui, 20% da população não nasceu nos Estados Unidos. Existem programas nas universidades para atrair estrangeiros e minorias, como LGBTQs. O principal valor da nossa cidade é garantir que toda a população se sinta confortável e incluída.

Publicado em VEJA de 26 de fevereiro de 2020, edição nº 2675

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