Não faltaram reviravoltas no cenário político mundial no último ano. Em 2017, suas consequências prometem assombrar empresas que tentam lidar com a instabilidade. A decisão do Reino Unido de deixar a União Europeia, uma eleição que dividiu os Estados Unidos e a ameaça do terrorismo estão entre as surpresas que deixam marcas na economia.
A constatação é da empresa global de consultoria Protiviti, em parceria com a Universidade da Carolina do Norte, que analisou preocupações de 735 executivos nos Estados Unidos, Europa e Ásia para 2017. O estudo aponta os principais riscos que devem afetar as organizações, desde o receio com a instabilidade da economia global até o perigo de ciberataques.
Problemas causados pela instabilidade política e consequentes condições econômicas estão no topo da lista. “Os interesses que prevalecem no mundo, como Donald Trump na presidência dos Estados Unidos e a nacionalização da Europa, apontam para um fechamento de fronteiras”, comenta Maurício Reggio, sócio-diretor da operação brasileira da Protiviti.
O Brasil também sai perdendo com a turbulência europeia e americana, à medida que parceiros comerciais, como o México, são afetados. “Quando começam a criar barreiras à circulação de mercadorias e pessoas, a alocação de recursos em nível global se atrapalha. Além disso, há um primeiro momento de paralisia”, explica Reggio.
Confira os dez principais riscos para 2017 apontados pelos executivos: