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Os erros de Trump como líder e como gestor de RH

Ao desautorizar subordinados e não cultivar valores corporativos, ele mina a própria autoridade e capacidade de governar

Por Duda Teixeira Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 22 ago 2017, 15h43 - Publicado em 22 ago 2017, 15h09
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  • O presidente dos Estados UnidosDonald Trump, entrou na política propagandeando-se como um gestor eficiente que amealhou uma fortuna com suas empresas.

    Contudo, visto hoje pela lente de um consultor de gestão ou por um especialista em recursos humanos, Trump na Casa Branca é um fracasso.

    A rotatividade entre os postos-chave da administração é enorme. Em sete meses de gestão, vários de seus escolhidos já deixaram o posto ou foram convidados a sair. Entre os que já saíram estão Michael Flynn, Steve Bannon, Reince Priebus e Sean Spicer. A foto do Salão Oval da Casa Branca, que ilustra este texto, mostra bem a debandada que ocorreu. Só continuam por lá Donald Trump e o vice-presidente Mike Pence.

    Entre os maiores equívocos de Trump, segundo especialistas, estão:

     

    Ameaça e críticas abertas a subordinados

    Pelo Twitter, Trump tem atacado pessoas que participam de seu governo e até algumas que foram nomeadas por ele. Uma das vítimas foi o secretário de Justiça, Jeff Sessions. Em um tuíte de 25 de julho, ele escreveu: “O secretário de Justiça foi muito fraco com os crimes de Hillary Clinton e com os que vazaram informações”.

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    A consequência direta desse comportamento, segundo Leni Hidalgo, professora de gestão de pessoas no Insper, em São Paulo, é que muitos executivos passam a nutrir receio em passar informações importantes para o presidente, principalmente aquelas que podem enfurecê-lo.

    “Sem relatórios confiáveis, Trump terá de governar sobre um terreno que ele não conhece, já que seus subordinados não transmitirão dados relevantes para ele. É como dirigir no escuro”, diz Leni.

     

    Falha em criar valores empresariais

    De acordo com Anderson Sant’anna, professor de gestão na Fundação Dom Cabral (FDC), muito pouco do ofício de um presidente consiste em dar ordens.

    “Trump fala o tempo todo que vai fazer isso, que vai fazer aquilo, mas um presidente não fica dando ordens o tempo todo. O que ele precisa fazer é criar valores para que outros possam dar as ordens no lugar dele”, diz Sant’anna.

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    Quando existe um objetivo mais amplo que todos devem seguir, todos os executivos podem tomar decisões almejando este mesmo fim.

    O problema é que Trump, a cada momento, quer algo diferente. Um exemplo disso é sua relação com a China. Depois de passar a campanha condenando o país por manipulação do câmbio, Trump disse que esqueceria as pendengas se os chineses o ajudassem a conter a Coreia do Norte. O presidente também ameaçou guerra com a Coreia do Norte e já se disse decepcionado com os chineses.

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    Com tanto vaivém, é impossível, para qualquer pessoa abaixo dele, saber o que fazer com a China em qualquer situação.

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