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Os lucros bilionários de Musk em contratos com o governo do aliado Trump

À frente da força-tarefa para enxugar a máquina pública, empresário já se beneficia de políticas sobre fornecedores de tecnologia aeroespacial

Por Paula Freitas Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 24 mar 2025, 10h55

Na lista de aliados do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, há um nome que pode lucrar, e muito, com a proximidade ao republicano: o magnata Elon Musk, à frente do Departamento de Eficiência Governamental (DOGE, na sigla em inglês). O empresário, em paralelo ao status de consiglieri-mor, busca embolsar bilhões de dólares em contratos com o governo americano, de acordo com o jornal americano The New York Times, com base em uma dúzia de fontes familiarizadas com o assunto.

Musk já se beneficia de políticas do governo Trump que priorizam a contratação de fornecedores de tecnologia aeroespacial em uma gama de empreendimentos, incluindo sistemas de comunicação. Segundo o NYT, funcionários da SpaceX, sua fabricante de foguetes, que trabalham temporariamente na Administração Federal de Aviação (FAA, em inglês) passaram a direcionar, com aval do governo, contratações de serviços para a empresa.

O serviço de internet via satélite Starlink, oferecido pela SpaceX, poderá arrematar US$ 42 bilhões (cerca de R$ 240 bilhões) em investimentos do Departamento de Comércio, parte do esforço dos Estados Unidos de expandir a banda larga nas partes rurais do país. A Nasa também parece ter colocado Marte no centro das suas lentes após pressão de Musk, que pode lucrar através da sua fabricante de foguetes para levar os primeiros humanos para o planeta vermelho.

Some-se a isso o fato de que Jared Isaacman, astronauta indicado por Trump para comandar a Nasa, é um bilionário afeito à corrida espacial. Ele pagou à SpaceX milhões de dólares para voar em órbita duas vezes. E não para por aí. Sua empresa de processamento de pagamentos, Shift4 Payments, comprou uma participação na SpaceX há anos, com lucro de US$ 25 milhões (R$ 143 milhões).

No momento, a SpaceX tem ao menos quatro pedidos pendentes com a FAA e o Departamento de Defesa dos EUA para construir novas plataformas de ejeção de foguetes e para novos lançamentos em estações federais, localizadas na Flórida e na Califórnia. Um deles, que será analisado ainda neste mês, mais que dobraria o número anual de envios ao espaço do foguete Falcon 9 da SpaceX, disparando para 120.

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Ruídos no Pentágono

Na semana passada, as críticas sobre o polêmico estreitamento de laços entre Trump e Musk ganharam força após uma reportagem do NYT. O texto apontava que o bilionário, em visita ao Pentágono, passaria a obter acesso a documentos sigilosos sobre uma possível guerra com a China –  o que extrapolaria a sua função à frente do Doge, escancarando problemas de ética na Casa Branca. A informação foi rejeitada por Trump e pelo secretário de Defesa, Pete Hegseth, que alegaram tratar-se de fake news.

A SpaceX está encarregada de grande parte dos lançamentos militares do Pentágono nos próximos anos, ao lado da Blue Origin de Jeff Bezos e a United Launch Alliance, consórcio da Lockheed Martin e Boeing. Além da fabricante, Musk também é dono da empresa de veículos elétricos Tesla, sendo um grande fornecedor do Pentágono. Além disso, não é um oficial eleito, e nem foi formalmente indicado a um cargo por Trump, atuando apenas na condição de conselheiro e chefe do Doge – que apesar do nome não é uma pasta do governo, mas apenas uma força-tarefa.

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