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Otan faz convite formal a Finlândia e Suécia para entrarem na aliança

Secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, disse que aliança está 'pronta para tentar fazer esse processo de ratificação acontecer o mais rápido possível'

Por Amanda Péchy
Atualizado em 29 jun 2022, 10h18 - Publicado em 29 jun 2022, 10h08
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  • NATO Secretary-General Jens Stoltenberg poses with application documents presented by Finland's Ambassador to NATO Klaus Korhonen and Sweden's Ambassador to NATO Axel Wernhoff during a ceremony to mark Sweden's and Finland's application for membership in Brussels, on May 18, 2022. - Finland and Sweden submitted their applications for NATO membership on May 18, 2022 and consultations were underway between the Allies to lift Turkey's opposition to the integration of the two Nordic countries into the Alliance. (Photo by JOHANNA GERON / POOL / AFP)
    A decisão foi possível depois que a Turquia concordou em apoiar a adesão conjunta de Finlândia e Suécia à Otan - 18/05/2022 (Johanna Geron/AFP)

    Nesta quarta-feira, 29, a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) convidou formalmente a Suécia e a Finlândia para se juntarem à aliança militar liderada pelos Estados Unidos, de acordo com um comunicado dos chefes de Estado e de governo da Otan.

    “Hoje, decidimos convidar a Finlândia e a Suécia a se tornarem membros da Otan e concordamos em assinar os Protocolos de Adesão”, disse o comunicado.

    O secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, disse que, após o convite, “precisamos de um processo de ratificação em 30 parlamentos; isso sempre leva algum tempo, mas também espero que seja rápido porque os aliados estão prontos para tentar fazer esse processo de ratificação acontecer o mais rápido possível.”

    A decisão foi possível depois que a Turquia concordou em apoiar a adesão conjunta de Finlândia e Suécia à Otan. Até a última segunda-feira 27, o governo da Turquia disse que estaria disposto a bloquear os pedidos de Suécia e Finlândia, a menos que recebesse garantias satisfatórias de que as nações estariam dispostas a abordar o que considera apoio aos grupos curdos que são designados como organizações terroristas pelo país.

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    Quando a invasão se concretizou, tanto Finlândia quanto Suécia seguiam firmes na aversão a integrar a Otan e provocar Moscou desnecessariamente.

    + Os efeitos do pedido da Finlândia e da Suécia para entrar na Otan

    No lado finlandês, contava para a manutenção do status quo a indigesta relação histórica entre os dois países: a Finlândia integrou o Império Russo até 1917, lutou duas vezes contra as forças soviéticas durante a II Guerra Mundial, acabou cedendo 10% de seu território e assinou com a URSS em 1948 um tratado de “amizade, cooperação e assistência mútua” que a isolou militarmente da Europa Ocidental — concessão que ficou conhecida como “finlandização”.

    Em janeiro, quando as tropas russas já se movimentavam na direção da Ucrânia, Sanna Marin, primeira-ministra finlandesa, declarou ser “muito improvável” que seu país aderisse à Otan.

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    O chefe das Forças Armadas do país, Timo Kivinen, também já declarou que os finlandeses ofereceriam resistência a uma ofensiva russa, assim como a Ucrânia“A Ucrânia tem sido osso duro de roer (para a Rússia), e a Finlândia será também”, disse em entrevista à agência de notícias Reuters.

    No caso sueco, a política externa do pós-guerra apontou seu foco para o diálogo multilateral e o desarmamento nuclear, e a neutralidade se tornou um princípio ideológico. A invasão russa transformou a estratégia. “Há um antes e um depois de 24 de fevereiro. O cenário de segurança mudou completamente”, declarou a primeira-ministra sueca, Magdalena Andersson.

    Quando invadiu a Ucrânia, no fim de fevereiro, uma das justificativas do presidente russo Vladimir Putin era manter a Ucrânia fora da Otan, que seria uma suposta ameaça ocidental. Se o governo de Kiev ficou de fora, a Finlândia aumenta em 1 300 quilômetros a fronteira da aliança com a Rússia. Ao menos por enquanto, parece que o tiro saiu pela culatra.

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