Otan terá ‘resposta determinada’ após ‘sabotagem’ em gasodutos Nord Stream

A Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) disse nesta quinta-feira, 29, que os vazamentos misteriosos dos gasodutos Nord Stream, que levam gás natural da Rússia para a Europa pelo Mar Báltico, pareciam ser “atos deliberados de sabotagem” e prometeu uma “resposta unida e determinada” a qualquer ataque à sua infraestrutura crítica.

“Todas as informações atualmente disponíveis indicam que [o vazamento] é resultado de atos de sabotagem deliberados, imprudentes e irresponsáveis”, disse a aliança militar em comunicado. “Esses vazamentos estão causando riscos ao transporte e danos ambientais substanciais. Apoiamos as investigações em andamento para determinar a origem dos danos”, completou.

A aliança disse estar “comprometida em se preparar, deter e defender contra o uso coercitivo de energia e outras táticas híbridas”, continuou o comunicado.

“Qualquer ataque deliberado contra a infraestrutura crítica dos Aliados será recebido com uma resposta unida e determinada”, afirmou.

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Políticos de toda a Europa alertaram que a suspeita de sabotagem dos dois gasodutos Nord Stream pode anunciar um novo estágio de guerra híbrida visando infraestrutura de energia, a fim de minar o apoio dos europeus à Ucrânia.

O primeiro-ministro da Noruega, Jonas Gahr Støre, disse que seu país aumentará sua presença militar nas instalações norueguesas depois que o país se tornou o maior fornecedor de gás natural da Europa.

O ministro das Relações Exteriores da Dinamarca, Jeppe Kofod, disse que explosões “intencionais” causaram os vazamentos nos oleodutos Nord Stream e que foi um ataque “sem precedentes”.

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A União Europeia também prometeu uma resposta “robusta” a qualquer interrupção intencional de sua infraestrutura de energia.

A guarda costeira da Suécia no início desta semana descobriu um quarto vazamento de gás nos oleodutos danificados de Nord Stream, disse um porta-voz da guarda costeira ao jornal Svenska Dagbladet.

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“Dois desses quatro estão na zona econômica exclusiva da Suécia”, disse a porta-voz, Jenny Larsson, ao jornal.

Os outros dois vazamentos estão na zona econômica exclusiva dinamarquesa, de acordo com uma tradução do relatório publicada pela agência de notícias Reuters.