Palestinos e israelenses reagem ao anúncio de Trump
Reconhecimento da cidade sagrada como capital de Israel provocou protestos e dúvidas sobre o processo de paz
Por Da redação
Atualizado em 4 jun 2024, 17h29 - Publicado em 7 dez 2017, 14h06
Manifestantes gritam palavras de ordem e agitam bandeiras palestinas durante protesto em Sidon, no sul do Líbano - 07/12/2017 (Ali Hashisho/Reuters)
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1/39 Manifestante vestido de Papai Noel atira pedras em direção à tropas israelenses durante protesto contra a decisão de Donald Trump de mover a embaixada americana em Israel de Tel-Aviv para Jerusalém - 19/12/2017 (Mohammad Torokman/Reuters)
2/39 Militante palestino durante o confronto com tropas israelenses na fronteira com a cidade de Gaza - 22/12/2017 (Mohamad Torokman/Reuters)
3/39 Manifestantes palestinos protestam contra a decisão do presidente Donald Trump de mover a embaixada americana em Israel de Tel-Aviv para Jerusalém - 22/12/2017 (Ahmad GHARABLI/AFP)
4/39 Manifestantes palestinos protestam contra a decisão do presidente Donald Trump de mover a embaixada americana em Israel de Tel-Aviv para Jerusalém - 15/12/2017 (Ahmad GHARABLI/AFP)
5/39 Manifestantes palestinos protestam contra a decisão do presidente Donald Trump de mover a embaixada americana em Israel de Tel-Aviv para Jerusalém - 15/12/2017 (Ahmad GHARABLI/AFP)
6/39 Manifestantes queimam bandeira americana durante protesto na cidade paquistanesa de Lahore, contra a decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de reconhecer Jerusalém como a capital de Israel - 10/12/2017 (Arif Ali/AFP)
7/39 Manifestantes exibem cartaz com os rostos de Donald Trump e Benjamin Netanyahu - presidente dos Estados Unidos e primeiro-ministro israelense - durante protestos realizados em Cairo, no Egito, contra a decisão do líder americano de reconhecer Jerusalém como a capital de Israel - 10/12/2017 (Mohamed Abd El Ghany/Reuters)
8/39 Policiais israelenses entram em confronto com palestinos na Cisjordânia, em protesto realizado contra a decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de reconhecer Jerusalém como a capital de Israel - 10/12/2017 (Mohamad Torokman/Reuters)
9/39 Manifestante palestino faz barricada com pneus na cidade de Belém, região da Cisjordânia, durante protestos contra a decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de reconhecer Jerusalém como a capital de Israel - 10/12/2017 (Goran Tomasevic/Reuters)
10/39 Palestino chuta pneu em chamas durante confronto com tropas israelenses, em protesto realizado contra a decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de reconhecer Jerusalém como a capital de Israel - 10/12/2017 (Mohamad Torokman/Reuters)
11/39 Palestino carrega pneu em chamas durante confronto com tropas israelenses, em protesto realizado contra a decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de reconhecer Jerusalém como a capital de Israel - 10/12/2017 (Mohamad Torokman/Reuters)
12/39 Manifestante palestino tenta se proteger durante o confronto contra os soldados israelenses na Cisjordânia - 08/12/2017 (Mohamad Torokman/Reuters)
13/39 Manifestantes protestam contra a decisão do presidente Donald Trump de reconhecer Jerusalém como capital de Israel, em Atenas, na Grécia - 08/12/2017 (Costas Baltas/Reuters)
14/39 Manifestante protesta contra a decisão do presidente Donald Trump de reconhecer Jerusalém como capital de Israel, em Berlim, na Alemanha - 08/12/2017 (Axel Schmidt/Reuters)
15/39 Gregos protestam contra a decisão do presidente Donald Trump de reconhecer Jerusalém como capital de Israel, em Atenas, na Grécia - 08/12/2017 (Costas Baltas/Reuters)
16/39 Militante palestino durante o confronto com tropas israelenses em Ramallah, que deixou dezenas de feridos - 08/12/2017 (Mohamad Torokman/Reuters)
17/39 Militante palestino durante o confronto com tropas israelenses na fronteira com a cidade de Gaza, que deixou dezenas de feridos - 08/12/2017 (Mohammed Salem/Reuters)
18/39 Turcos protestam contra a decisão do presidente Donald Trump de reconhecer Jerusalém como capital de Israel, em Istambul na Turquia - 08/12/2017 (Osman Orsal/Reuters)
19/39 Paquistaneses protestam contra a decisão do presidente Donald Trump de reconhecer Jerusalém como capital de Israel, em Peshawar, no Paquistão - 08/12/2017 (Fayaz Aziz/Reuters)
20/39 Militante palestino durante o confronto com tropas israelenses em Ramallah, que deixou dezenas de feridos - 08/12/2017 (Mohamad Torokman/Reuters)
21/39 Um policial israelense de fronteira atira bombas de gás contra manifestantes palestinos, em Ramallah - 08/12/201 (Mohamad Torokman/Reuters)
22/39 Manifestantes protestam contra a decisão do presidente americano Donald Trump de reconhecer Jerusalém como capital de Israel, em Amã, na Jordânia (Muhammad Hamed/Reuters)
23/39(Muhammad Hamed/Reuters)
24/39 Manifestante palestino atira de volta uma bomba de gás lacrimogênio contra as tropas israelenses, durante protesto intitulado "dia de raiva", em resposta à atitute do presidente Donald Trump de reconhecer Jerusalém como capital de Israel - 08/12/2017 (Mohammed Salem/Reuters)
25/39 Iraquianos sunitas protestam contra a decisão do presidente Donald Trump de reconhecer Jerusalém como capital de Israel, em Bagdá - 08/12/2017 (Thaier Al-Sudani/Reuters)
26/39 Policiais de fronteira de Israel e palestinos entram em confronto, , durante protesto intitulado "dia de raiva", em resposta à atitute do presidente Donald Trump de reconhecer Jerusalém como capital de Israel - 08/12/2017 (Ammar Awad/Reuters)
27/39 Palestino ferido é carregado durante confronto com tropas israelenses em um protesto contra a decisão do presidente dos EUA, Donald Trump, de reconhecer Jerusalém como a capital de Israel, perto da fronteira com Israel, no sul da Faixa de Gaza - 07/12/2017 (Ibraheem Abu Mustafa/Reuters)
28/39 Manifestantes palestinos correm durante confrontos com tropas israelenses em um protesto contra a decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de reconhecer Jerusalém como a capital de Israel, perto do assentamento judeu de Beit El, nos arredores da cidade de Ramallah, na Cisjordânia - 07/12/2017 (Mohamad Torokman/Reuters)
29/39 Palestinos participam de um protesto contra a decisão do presidente dos EUA, Donald Trump, de reconhecer Jerusalém como a capital de Israel, na cidade de Gaza - 07/12/2017 (Mohammed Abed/AFP)
30/39 Manifestante palestino queima uma bandeira dos Estados Unidos durante confrontos com tropas israelenses perto do assentamento judeu de Beit El, perto da cidade de Ramallah, na Cisjordânia - 07/12/2017 (Mohamad Torokman/Reuters)
31/39 Manifestantes palestinos entram em confronto com tropas israelenses perto do assentamento judeu de Beit El, perto da cidade de Ramallah, na Cisjordânia - 07/12/2017 (Mohamad Torokman/Reuters)
32/39 Manifestante palestino se protege atrás de uma caçamba durante confronto com as tropas israelenses em protesto contra a decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de reconhecer Jerusalém como a capital de Israel - 07/12/2017 (Mohamad Torokman/Reuters)
33/39 Manifestante segura uma bandeira palestina durante confronto com tropas israelenses em um protesto contra a decisão dos Estados Unidos de reconhecer Jerusalém como a capital de Israel (Ibraheem Abu Mustafa/Reuters)
34/39 Manifestantes queimam uma bandeira dos Estados Unidos e uma foto do presidente Donald Trump durante um protesto contra a decisão de Trump de reconhecer Jerusalém como a capital de Israel, na cidade de Gaza - 07/11/2017 (Mohammed Salem/Reuters)
35/39 Manifestantes palestinos queimam bandeiras dos Estados Unidos e de Israel na cidade de Gaza - 06/12/2017 (Mahmud Hams/AFP)
36/39 Palestino pixa um mural com a imagem do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em uma parte da barreira israelense, na cidade de Belém, na Cisjordânia - 07/12/2017 (Mussa Qawasma/Reuters)
37/39 Manifestantes gritam palavras de ordem e agitam bandeiras palestinas durante protesto em Sidon, no sul do Líbano - 07/12/2017 (Ali Hashisho/Reuters)
38/39 Manifestante palestino lança pedras contra as tropas israelenses durante confronto em um protesto contra a decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de reconhecer Jerusalém como a capital de Israel - 07/12/2017 (Mohamad Torokman/Reuters)
39/39 Integrantes do Hamas participam de um protesto contra a decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de reconhecer Jerusalém como a capital de Israel, no norte da Faixa de Gaza - 07/12/2017 (Mohammed Salem/Reuters)
Donald Trump reconheceu “oficialmente Jerusalém como a capital de Israel” nesta quarta-feira. O presidente dos Estados Unidos reivindicou “uma nova abordagem” sobre o conflito entre israelenses e palestinos, prometendo que fará todo o possível para um acordo de paz.
“Israel é uma nação soberana com o direito de determinar sua própria capital”, afirmou Trump, em um discurso televisionado direto da Casa Branca. “Presidentes anteriores fizeram essa promessa e falharam em cumprir. Hoje, eu estou cumprindo”, disse.
O presidente americano garantiu que permanece comprometido com as negociações entre os dois lados. “Os Estados Unidos continuam profundamente empenhados em ajudar a facilitar um acordo de paz aceitável para ambos os lados. Pretendo fazer tudo o que estiver ao meu alcance para ajudar a forjar tal acordo”, disse.
Além disso, Trump ordenou o início dos preparativos para a transferência da embaixada americana em Israel de Tel-Aviv para Jerusalém. A transferência da representação diplomática foi uma das principais promessas de campanha do presidente. De acordo com oficiais americanos, a transferência da embaixada deve levar até três anos.
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O estatuto de Jerusalém é um tema-chave no conflito israelense-palestino, com ambas as partes reivindicando-a como sua capital. A posição da maior parte da comunidade internacional é de que o status da cidade deve ser decidido em negociações de paz e, por isso, o reconhecimento americano a favor de Israel é tão controverso.
Reação Palestina
Como esperado, o anúncio de Trump gerou revolta e indignação entre palestinos, além de atrair a condenação de líderes de países árabes e islâmicos. Alguns dos principais aliados dos Estados Unidos na Europa, entre eles Reino Unido, Alemanha e França também criticaram a posição americana como não condutiva à paz. O Conselho de Segurança da ONU se reunira nesta sexta-feira para discutir o assunto, após oito dos quinze membros do órgão solicitarem o encontro.
Ismail Haniyeh, líder do Hamas, grupo islâmico que governa a Faixa de Gaza e que é considerado uma organização terrorista por diversos países, conclamou os palestinos a realizarem “um dia de fúria” nesta sexta-feira, dia mais importante da semana islâmica. Haniyeh também convocou todas as facções palestinas a iniciarem uma nova intifada contra Israel, além de pedir a todos países muçulmanos que se unam contra a “declaração de guerra dos Estados Unidos”.
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Cartazes de redes sociais árabes convocam dia de fúria palestino (//Twitter)
No Líbano, refugiados palestinos também se manifestaram: ainda na quarta-feira, no campo de refugiados de Baas, na região de Tiro, cerca de 2.000 estudantes se mobilizaram para protestar contra a decisão dos Estados Unidos.
“O governo americano tomou mais uma vez uma decisão a favor do usurpador, mas isso não vai mudar a história e a identidade de Jerusalém, que é a capital do Estado palestino”, disse o palestino Abdul Mayid Awad em discurso aos demais manifestantes. “Trata-se de uma agressão direta contra a nação e o povo palestinos, que são capazes de fazer fracassar as decisões injustas. A decisão do governo Trump é contrária às resoluções da comunidade internacional e não poderá mudar a história”, acrescentou.
Os refugiados palestinos se mobilizaram também no acampamento de Bedawi, onde se reuniram na frente do escritório do diretor da Agência das Nações Unidas para os Refugiados da Palestina (UNRWA). Outras manifestações similares aconteceram em Beirute e no campo de refugiados palestinos de Ein el Hilweh, o maior do Líbano e localizado nos arredores da cidade de Sidon.
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A divisão de Israel
O reconhecimento de uma nação como os Estados Unidos eleva a posição israelense no conflito e, a longo prazo, poderia auxiliar na consolidação da soberania de Israel sobre a cidade.
Ainda assim, a sociedade israelense parece estar dividida sobre a questão. Para a profissional de comunicação Tamara Stern, que vive em Jerusalém há dois anos e meio, muitos cidadãos têm medo de que a decisão possa provocar protestos, aumentar ainda mais a violência e prejudicar o processo de paz no país e na cidade. A jovem discorda da posição, pois acredita que uma interferência internacional pode ser necessária para destravar as negociações. “Não vejo como a situação poderia piorar. Precisamos de uma mudança radical que balance a região para que as coisas comecem a mudar”, diz.
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