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Pandemia está longe de acabar, diz Anthony Fauci

Para chefe da força-tarefa de combate à Covid-19 da Casa Branca, atual surto difere significativamente de crises como ebola e HIV

Por Da Redação
Atualizado em 25 mar 2021, 21h43 - Publicado em 10 jun 2020, 11h52

Anthony Fauci, chefe da força-tarefa de combate à Covid-19 da Casa Branca, afirmou nesta terça-feira 9 que a pandemia de coronavírus está longe de acabar, e classificou a doença como “seu pior pesadelo”.

“Em um período de quatro meses, [o coronavírus] devastou o mundo inteiro”, disse Fauci, em uma videoconferência. “E ainda não acabou”, completou.

O médico de 79 anos é o mais respeitado imunologista dos Estados Unidos. Diretor do Instituto Nacional de Alergias e Doenças Infecciosas, Fauci vem assessorando as ações da Casa Branca no combate a epidemias ao longo de 36 anos e seis governos — sem jamais deixar escapar suas preferências políticas. Sobressaiu na década de 80, ao aceitar a colaboração de grupos gays em pioneiras pesquisas na busca de tratamento para a aids. Atuou em forças-tarefa contra a Sars, a gripe aviária, a gripe suína, a zika e o ebola.

Na atual pandemia, também foi responsável por suavizar algumas das posições mais radicais do presidente Donald Trump contra o isolamento social, ainda no início da crise no país.

Cerca de 7 milhões de pessoas foram infectadas com o coronavírus e mais de 400.000 pessoas morreram em todo o mundo. Muitos países, incluindo os Estados Unidos e o Brasil, já iniciaram o relaxamento das medidas de isolamento social, apesar das crescentes taxas de infecção em algumas áreas.

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“São milhões e milhões de infecções em todo o mundo. E ainda não acabou. E tudo aconteceu em um prazo muito, muito pequeno ”, disse Fauci. O imunologista disse que sabia que um surto como esse poderia ocorrer, mas ficou surpreso com a rapidez com que a Covid-19 “dominou o planeta”. O médico atribuiu a rápida disseminação à capacidade de contaminação do vírus e às extensas viagens de pessoas infectadas.

O consultor da Casa Branca disse ainda que a pandemia de coronavírus difere significativamente de outras recentes crises de saúde pública, incluindo os surtos de ebola e HIV.

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“O ebola foi assustador, mas nunca seria transmitido facilmente de maneira global”, afirmou. “O HIV, por mais importante que seja, se espalhou por um longo período de tempo”, disse. O coronavírus simplesmente “dominou o planeta”, completou.

  • Leia também: Pesquisa mostra que brasileiro subestimou a pandemia e culpa Bolsonaro.
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