Papa Francisco aceita renúncia de bispo após rumores de orgia gay

O papa Francisco aceitou na terça-feira 24 a renúncia de um bispo polonês após rumores de que uma orgia gay teria sido realizada no apartamento de um padre da diocese de Sosnowiec, além de relatos sobre violência entre o clero local. Grzegorz Kaszak, de 59 anos, deixou o cargo anos antes da idade padrão de aposentadoria, prevista para 75 anos.

Os boatos tomaram maiores proporções após o padre identificado como Tomasz Z, supostamente envolvido na orgia, ser submetido a uma investigação criminal. O incidente teria ocorrido em um edifício na cidade de Dąbrowa Górnicza, na Polônia, envolvendo uma pessoa do sexo masculino.

A imprensa polonesa acrescentou que um dos participantes desmaiou em decorrência de uma overdose de comprimidos para disfunção erétil.

O padre Tomasz Z é suspeito de “não prestar assistência a uma pessoa cuja vida está em risco” por ter impedido que paramédicos entrassem no local. A repórteres, ele disse que a comissão de investigação externa apontou que a festa representava “uma violação muito grave das normas morais” e das suas atribuições como clérigo.

O religioso foi demitido pelo bispo Kaszak em 21 de setembro, iniciando julgamento interno, que poderia obrigar Tomasz a abandonar o sacerdócio.

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“Percebo isto como um ataque óbvio à Igreja, incluindo o clero e os fiéis, a fim de humilhar a sua posição, tarefas e missão”, disse o padre em comunicado ao diário polonês Gazeta Wyborcza, ao questionar o termo “orgia”.

Não é a primeira vez, contudo, que a diocese chama atenção da mídia por episódios polêmicos. Em 2010, o então reitor do seminário de Sosnowiec teria trocado socos em uma boate gay, tendo permanecido no cargo por mais um ano depois da divulgação do incidente. O seminário foi extinguido posteriormente, informou a agência de notícias polonesa PAP.

Além disso, em março deste ano, um diácono de 26 anos foi encontrado morto na mesma cidade, com ferimentos que sugeriam homicídio. Segundo os promotores locais, ele foi assassinado por um padre de 40 anos que, em seguida, cometeu suicídio.

Kaszak, que foi nomeado bispo em 2009 pelo papa Bento XVI, solicitou que Francisco aceitasse sua renúncia através de uma carta, datada de 29 de setembro, conforme indica o comunicado divulgado na terça-feira pelo Vaticano. Ele agradeceu os religiosos de Sosnowiec e pediu desculpas por suas “limitações humanas”.