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Papa Leão pede fim da ‘punição coletiva’ em Gaza, enquanto mortes por fome se multiplicam

Dez palestinos morreram de inanição nas últimas 24 horas, incluindo duas crianças, elevando para 313 o número de mortos por fome desde o início da guerra

Por Júlia Sofia Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 27 ago 2025, 17h20

Diante do agravamento da crise humanitária em Gaza, o papa Leão XIV fez um apelo nesta quarta-feira, 27, pelo fim da “punição coletiva” contra a população civil. Durante audiência no Vaticano, diante de milhares de fiéis, o pontífice pediu um cessar-fogo imediato, a abertura segura de corredores humanitários e o respeito integral ao direito internacional.

“Imploro que se alcance um cessar-fogo permanente, que se facilite a entrada de ajuda e que o direito humanitário seja plenamente respeitado. O uso indiscriminado da força, os deslocamentos forçados e as punições coletivas são proibidos pelo direito internacional”, afirmou Leão, sendo interrompido por aplausos em duas ocasiões.

Apesar da fala, Leão não citou Israel nem o grupo militante palestino Hamas, mas destacou que o direito internacional impõe a obrigação de proteger civis e proíbe punições coletivas, uso indiscriminado da força e deslocamentos forçados. O primeiro papa dos EUA se mostra mais cauteloso sobre o conflito que seu antecessor, Francisco, que chegou a questionar se a campanha militar israelense em Gaza poderia ser considerada genocídio.

Fome em Gaza

Nas últimas 24 horas, dez palestinos, incluindo duas crianças, morreram de fome em Gaza, elevando para 313 o total de vítimas da inanição desde o início da guerra, segundo o Ministério da Saúde local. Entre elas, 119 são crianças. A diretora da ONG Save the Children, Inger Ashing, afirmou em reunião do Conselho de Segurança da ONU que muitas crianças estão tão fracas que não têm forças nem para chorar.

Em comunicado conjunto nesta quarta-feira, todos os membros do Conselho de Segurança das Nações Unidas, exceto os Estados Unidos, afirmaram que a fome na Faixa de Gaza é uma “crise provocada pelo homem”. Os 14 membros apelaram por um cessar-fogo total, imediato e permanente, bem como pela libertação dos reféns mantidos pelo grupo palestino radical Hamas

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Na última sexta-feira, 22, a ONU declarou estado de fome generalizada em Gaza, depois que especialistas alertaram no mês passado que um em cada três dos 2,2 milhões de habitantes do enclave passava dias sem comer. 

Manifestações

Na terça-feira, dezenas de milhares de israelenses foram às ruas para cobrar do premiê Benjamin Netanyahu um acordo com o Hamas e a libertação dos reféns. Bloqueios de rodovias, marchas e discursos ocorreram em Tel Aviv, Jerusalém e em frente ao gabinete do premiê. Familiares dos sequestrados acusam o governo de priorizar a ofensiva militar em vez de negociar soluções, temendo que a iminente invasão da Cidade de Gaza dificulte ainda mais o retorno dos cativos.

Enquanto isso, Israel intensifica a ofensiva na Cidade de Gaza, considerada o último reduto do Hamas. Nas últimas 24 horas, tanques avançaram para os arredores da cidade, destruindo casas e desalojando moradores. O exército afirmou que as operações em Jabaliya e na periferia da Cidade de Gaza têm como objetivo “desmantelar instalações de infraestrutura terrorista e eliminar membros do Hamas”.

Desde 7 de outubro de 2023, o conflito já deixou mais de 62 mil mortos em Gaza, incluindo 313 por fome, e cerca de 1.200 em Israel.

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