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Papa tem noite tranquila e diz que sente ‘no coração a bênção que se esconde na fragilidade’

O pontífice se dirige tradicionalmente aos fiéis todo domingo na oração do Angelus da janela do Vaticano, mas pela terceira vez consecutiva, não está presente

Por Cínthia Rodrigues, de Roma
Atualizado em 2 mar 2025, 08h05 - Publicado em 2 mar 2025, 08h03

Em comunicado emitido na manhã deste domingo, 2, o Vaticano informou que “a noite foi tranquila e o papa ainda está descansando”. Hoje é o dia tradicional da Oração do Angelus, quando o papa Francisco tradicionalmente surge na janela do Vaticano, ao meio-dia, para falar com fiéis, mas pela terceira vez consecutiva o texto da oração deve ser divulgado por escrito (leia o Angelus abaixo). O pontífice foi hospitalizado há dezessete dias no hospital público Gemelli, em Roma.

Na noite deste sábado, 1º, o boletim divulgado às 18h45 (14h45 de Brasília) informara que as “condições clínicas do papa Francisco permanecem estáveis”. Ele alternou a ventilação mecânica não invasiva com longos períodos de oxigenoterapia de alto fluxo, mantendo sempre boa resposta nas trocas gasosas. Está sem febre e não apresenta leucocitose (aumento anormal do número de glóbulos brancos no sangue).

Ainda segundo o comunicado, “os parâmetros hemodinâmicos estavam sempre estáveis”. Ele seguiu se alimentando e realizou regularmente a fisioterapia respiratória, colaborando ativamente. Sem incidência de broncoespasmo, o papa Francisco está alerta e orientado, diz a equipe médica. À tarde, recebeu a Eucaristia e depois se dedicou à oração, por 20 minutos, segundo fontes do Vaticano. O prognóstico permanece reservado.

Na manhã de sábado, o informe dizia que “a noite passou tranquila e o papa está descansando”. O papa, inclusive, bebeu café, segundo VEJA apurou. 

Na sexta-feira, 28 de fevereiro, Francisco teve uma crise isolada de broncoespasmo, que levou a um episódio de vômito e “um rápido agravamento do quadro respiratório”. Ele não foi intubado. A VEJA, interlocutores disseram que seriam necessárias de 24 a 48 horas para avaliar as consequências do fato. “O Santo Padre foi prontamente broncoaspirado e iniciou ventilação mecânica não invasiva, com boa resposta nos intercâmbios gasosos.Ele permaneceu sempre vigilante e orientado, colaborando nas manobras terapêuticas”, afirmou a Santa Sé em comunicado. 

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Desde a primeira semana de internação, os boletins médicos passaram a descrever a situação como “complexa”, depois da bronquite que o levou ao hospital evoluir para uma infecção polimicrobiana e pneumonia bilateral – quando a doença afeta os dois pulmões. Os novos diagnósticos levaram a uma alteração nos tratamentos. A VEJA, autoridades do Vaticano reiteraram que a condição não é crítica, mas complexa, e que não há previsão de alta. “As condições clínicas do santo padre continuam a melhorar também ao longo do dia. Ele alternou entre oxigenoterapia a altos fluxos com ventimask”, reportou um dos comunicados, referindo-se à máscara de oxigênio que o pontífice usa intermitentemente, como já havia reportado VEJA.

Leia o Angelus deste domingo:

Queridos irmãos e irmãs,

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No Evangelho deste domingo (Lucas 6:39-45), Jesus nos faz refletir sobre dois dos cinco sentidos: a visão e o paladar. Com relação à visão, pede para treinar os olhos para observar bem o mundo e julgar o próximo com caridade. Diz o seguinte: “Tira primeiro a trave do teu olho, e então poderás enxergar bem para tirar o cisco do olho do teu irmão” (versículo 42). Somente com esse olhar de cuidado, não de condenação, a correção fraterna pode ser uma virtude. Porque se não for fraterna, não é uma correção! Com relação ao paladar, Jesus nos lembra que “toda árvore é reconhecida pelos seus frutos” (versículo 44). E os frutos que vêm do homem são, por exemplo, as suas palavras, que amadurecem em seus lábios, de modo que “sua boca fala do que o coração está cheio” (versículo 45). Os frutos ruins são as palavras violentas, falsas, vulgares; aqueles bons são as palavras justas e honestas que dão sabor aos nossos diálogos. E, então, podemos nos perguntar: como eu olho as outras pessoas, que são meus irmãos e irmãs? E como me sinto visto por eles? As minhas palavras têm um sabor bom ou estão impregnadas de amargura e de vaidade? Irmãs e irmãos, envio-lhes esses pensamentos ainda do hospital, de onde, como vocês sabem, estou há vários dias, acompanhado pelos médicos e profissionais de saúde, a quem agradeço pela atenção com que cuidam de mim. Sinto no coração a “bênção” que se esconde na fragilidade, porque justamente nestes momentos aprendemos ainda mais a confiar no Senhor; ao mesmo tempo, agradeço a Deus porque me dá a oportunidade de compartilhar no corpo e no espírito a condição de tantas pessoas doentes e sofredoras. Gostaria de agradecer as orações que se elevam ao Senhor do coração de tantos fiéis de muitas partes do mundo: sinto todo o carinho e a proximidade de vocês e, neste momento particular, sinto-me como que “carregado” e apoiado por todo o Povo de Deus. Obrigado a todos! Eu também rezo por vocês. E rezo especialmente pela paz. Daqui a guerra parece ainda mais absurda. Rezemos pela martirizada Ucrânia, pela Palestina, Israel, Líbano, Mianmar, Sudão, Kivu. Confiemos em Maria, nossa Mãe. 

Bom domingo e até logo.

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