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Parceria entre Nasa e SpaceX marca nova fase dos trajes espaciais

Figurinista que trabalhou em "Batman v Superman" e "Os Vingadores" desenhou as roupas usadas pelos astronautas Doug Hurley e Bob Behnken

Por Jana Sampaio Atualizado em 30 Maio 2020, 22h00 - Publicado em 30 Maio 2020, 21h06
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  • Douglas Hurley (à esq.) e Robert Behnken, os protagonistas desse voo espacial histórico - (John Raoux/AP/VEJA)

    A primeira e histórica parceria entre a Nasa e a SpaceX, além de marcar o fim do monopólio governamental da exploração do espaço, ao que tudo indica, também inaugura uma nova fase do traje espacial. Passados 59 anos desde o Programa Mercury, no qual os astronautas usavam os macacões prateados que integrariam a imaginário popular quando o assunto é viagem espacial, a roupa agora tem um aspecto muito mais minimalista e elegante. O prata foi substituído pelo branco e pelo cinza em uma reviravolta total de estilo.

    Quem assina o design das peças que vestem os veteranos Doug Hurley, 53 anos, e Bob Behnken, 49 anos, é o figurinista Jose Fernandez, que trabalhou nos filmes “Batman v Superman”, “O Quarteto Fantástico”, “Os Vingadores” e “X-Men II”. Fernandez foi convidado pelo bilionário Elon Musk a desenvolver os trajes da primeira missão espacial da nave da SpaceX. Além dos atributos necessários, a roupa deveria parecer um smoking, o que conferiria, na visão do figurinista, sofisticação.

    “Enquanto as viagens espaciais eram subsidiadas pelos governos, não havia necessidade de tornar os trajes atraentes, pois a segurança dos astronautas era a única preocupação. No entanto, se as viagens espaciais se tornarem uma atividade de empresas privadas em busca de lucros, haverá o interesse natural em fazer seus astronautas parecerem atraentes”, disse ao New York Times Gary Westfahl, autor de “O Filme do Traje Espacial: uma História, 1918-1969”.

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    Outro fator que colaborou para a questão estética foi o fato de que os trajes foram feitos apenas para serem usados dentro das aeronaves, quando não há necessidade de mangueiras, botões nem fios pendurados. Para tornar o visual mais bonito e, ainda assim, eficiente, painéis escuros foram colocados nas laterais para afinar visualmente, costuras aerodinâmicas da clavícula ao joelho foram feitas, além de botas até a altura dos joelhos.

    Ainda assim, uma série de recursos e requisitos técnicos que melhoram a funcionalidade da peça precisaram ser desenvolvidos para fornecer pressão interna estável, mobilidade, oxigênio respirável, regulação da temperatura, sistema de comunicação com conexão elétrica externa à espaçonave e, claro, meios de coletar e conter resíduos corporais sólidos e líquidos.

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    “Uma das coisas que consideramos importante no desenvolvimento do traje era que ele fosse fácil de usar. A ideia era que a tripulação apenas plugasse ao sentar e o traje trabalhasse sozinho a partir daí e, claro, fosse uma parte do sistema operacional”, explicou Chris Trigg, gerente do departamento de equipamentos e trajes da SpaceX.

    Nos últimos 50 anos, o traje espacial passou por transformações para ajudá-lo a acompanhar as mudanças nos requisitos das missões. Depois do Programa Mercúrio, os pesquisadores precisaram desenvolver um traje espacial que permitisse aos astronautas sair da nave em segurança. Como resultado, os trajes Gemini adicionaram 10 camadas de isolamento e mangueiras que bombeavam o ar de resfriamento da espaçonave.

    Os trajes espaciais do programa Apollo precisavam proteger os astronautas enquanto caminhavam na lua e, por isso, tinham um sistema de suporte à vida. Os astronautas podiam ir para longe porque não estavam conectados por uma mangueira. Já os famosos ternos laranjas usados no lançamento do ônibus espacial tinham aparência leve porque, assim como os usados por Behnken e Hurley, só podiam ser usados ​​dentro de uma espaçonave.

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    Quando chegar o momento de a Nasa enviar pessoas para lugares que os humanos nunca foram antes, como um asteroide e Marte, os trajes espaciais precisarão, novamente, ser reconfigurados.

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