Relâmpago: Revista em casa por 8,98/semana

Parlamento britânico aprova projeto histórico que permite eutanásia em casos terminais

Proposta recebeu o aval da câmara baixa por 314 votos a favor e 291 contra; agora, texto vai para câmara alta

Por Paula Freitas Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 20 jun 2025, 15h48

Após décadas de impasses, o Parlamento do Reino Unido aprovou nesta sexta-feira, 20, um projeto de lei que busca legalizar a eutanásia em certos casos. A lei “Adultos com Doenças Terminais (Fim de Vida)” recebeu o aval da câmara baixa do legislativo britânico por 314 votos a favor e 291 contra.

Agora, o projeto segue para a câmara alta, onde deve encontrar resistência. Caso obtenha o sinal verde, a norma tornará possível que adultos mentalmente competentes da Inglaterra e do País de Gales optem pela eutanásia, com a ajuda de médicos, se tiverem sido diagnosticados com uma doença que limite o tempo de vida a seis meses ou menos. Outros países, como Canadá e Austrália, já permitem a morte assistida.

O governo do primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, foi neutro a respeito da lei, o que levou os legisladores a votarem a partir da própria consciência, sem influências partidárias. Do lado de fora do Parlamento, a notícia da aprovação foi recebida com gritos de “vitória” e “nós vencemos” por ativistas.

Apoio e críticas

Defensores do projeto argumentam que a lei permitirá que pessoas com doenças terminais tenham uma morte digna e com menos sofrimento. Os críticos, por sua vez, alegam que a mudança pode levar pessoas desesperadas a escolherem pela eutanásia, enquanto ainda têm outras opções, apenas para deixarem de representar uma sobrecarga econômica e emocional sobre a família e os amigos. 

No plano original, a opção individual pela morte assistida precisaria ser aprovada por um tribunal. A figura de um juiz, no entanto, foi substituída por um painel que inclui um assistente social, uma figura legal sênior e um psiquiatra. A mudança é enxergada pela oposição como uma forma de diluição. Apesar das críticas, a autora do projeto de lei, a legisladora Kim Leadbeater, do Partido Trabalhista, disse estar “totalmente confiante”.

Continua após a publicidade

“As salvaguardas são extremamente completas, extremamente robustas, e estou confiante de que isso ajudará as pessoas que precisam ajudar”, afirmou ela à emissora britânica BBC.

Os oponentes, contudo, também apresentaram questionamentos sobre o impacto da morte assistida nas finanças e recursos do Serviço Nacional de Saúde (NHS, o “SUS britânico”), além de como pode influenciar o relacionamento entre médicos e seus pacientes. 

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*
Apenas 9,90/mês*
OFERTA RELÂMPAGO

Revista em Casa + Digital Completo

Receba 4 revistas de Veja no mês, além de todos os benefícios do plano Digital Completo (cada edição sai por menos de R$ 9)
A partir de 35,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
Ofertas exclusivas para assinatura Anual.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.