Pedido de prisão de Eike Batista repercute no exterior
Ação da Polícia Federal que teve como alvo o ex-bilionário foi notícia sobretudo na imprensa especializada em economia
Por Da redação
Atualizado em 4 jun 2024, 20h23 - Publicado em 26 jan 2017, 13h03
O pedido de prisão do empresário Eike Batista, feito nesta quinta-feira em decorrência da Operação Eficiência, da Polícia Federal, se tornou notícia entre os principais jornais do exterior, sobretudo nos especializados em economia. O The New York Times indicou que o episódio poderia sinalizar “uma nova fase na queda do senhor Batista, cuja proeminência no cenário global tem sido amplamente associada com a economia crescente do Brasil”, diz o texto.
Além do NYT, publicações especializadas em economia, como o Wall Street Journal, o Financial Times e as agências de notícias Bloomberg e Reuters também registraram o caso, relacionando o episódio com as investigações da Lava Jato.
O Wall Street Journal compara o pedido de prisão de Eike ao envolvimento de outros empresários nas investigações de corrupção, como Marcelo Odebrecht. “O senhor Batista é o último executivo de alto escalão a ser enredado nos esforços anti-corrupção pelas autoridades locais, que têm levado a longas sentenças de prisão para uma série de empresários que se beneficiaram do governo e de contratos públicos”, afirma a notícia.
O FT registrou as primeiras informações da procura por Eike em sua mansão no Rio divulgadas pela TV nesta manhã e relembrou os motivos do seu declínio, relacionado à OSX. “O senhor Batista pegou carona na euforia sobre o superciclo de commodities para se tornar o homem mais rico do Brasil antes de seu império falir por revelações que sua companhia petrolífera não tinha as reservas prometidas”.
A agência Reuters cita o impacto da Lava Jato em meio ao ambiente econômico conturbado. “A investigação minou a confiança de investidores em companhias brasileiras bem no momento em que a recessão mais dura e mais longa ataca o país”, diz o texto.
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Para a Bloomberg, o pedido de prisão feito nesta quinta-feira mostra um aumento na importância das investigações sobre corrupção que afetaram a Petrobras. “Mostra que a chamada Operação Lava Jato, que começara investigando a Petrobras e as maiores empreiteiras do país, cresceu para incluir outros líderes de empresas e políticos”, avalia a reportagem.
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VEJA Mercado – terça, 12 de novembro
As pistas do governo Lula sobre cortes de gastos e entrevista com André Perfeito
As bolsas europeias e os futuros americanos são negociados em baixa na manhã desta terça-feira, 12. Os integrantes do governo Lula estão dando algumas pistas sobre o famigerado pacote de cortes de gastos que chegou a terceira semana de discussão. Em conversa com jornalistas, o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, afirmou que vai apoiar as propostas e que existe um total alinhamento dentro do governo em relação ao assunto. Já Wellington Dias, ministro do Desenvolvimento Social, afirmou que a eficiência e o combate a fraudes em programas sociais já fizeram as despesas previstas de 175 bilhões este ano caírem para 168 bilhões — podendo chegar a 166 bilhões em 2025. O presidente Lula afirmou em entrevista à RedeTv que vai “vencer” o mercado e que “eles falam muita bobagem”. O fato é que o setor público voltou a registrar um déficit de pouco mais de 7 bilhões de reais em setembro. O clima na Faria Lima não é dos melhores. O Ibovespa ficou estagnado e o dólar subiu para os 5,76 reais. Um curioso “efeito Trump” tem interferido nos mercados. O bitcoin ultrapassou a marca dos 82 mil dólares e bateu sua nova máxima história diante impulsionado pelo apoio do presidente eleito aos ativos digitais e pela expectativa de um Congresso composto por legisladores favoráveis ao setor cripto. Já os analistas do UBS-BB cortaram as recomendações para as ações da mineradora Vale diante de um enfraquecimento nos preços do minério de ferro por causa das prováveis retaliações que a China deve sofrer dos EUA no governo Trump. Diego Gimenes entrevista o economista André Perfeito.
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