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Pela 1ª vez, FMI prevê data para recuperação econômica da Argentina

Recentemente, Fundo Monetário Internacional elogiou governo de Javier Milei por resultados 'melhores que o esperado' no primeiro tri de 2024

Por Da Redação
Atualizado em 17 Maio 2024, 17h04 - Publicado em 16 Maio 2024, 18h48

O Fundo Monetário Internacional (FMI) disse nesta quinta-feira, 16, que espera que a economia da Argentina volte a crescer “no segundo semestre”, além de procurar uma transição para um novo regime cambial onde o peso argentino e o dólar possam ser usados simultaneamente no país, caso do Peru e do Uruguai.

Pela primeira vez em dezesseis anos, um trimestre fechou com excedente fiscal na Argentina, além de ter tido uma acumulação acelerada de reservas e uma “rápida redução da inflação”, que já caiu de 25% em dezembro para 8,8%. De acordo com Julie, na primeira avaliação do fundo, todos os objetivos foram alcançados.

“Melhor que o esperado”

Na segunda-feira 13, o FMI já havia divulgado um relatório elogioso ao governo do argentino Javier Milei, afirmando que o país “superou” as metas de aumento de reservas internacionais e de déficit fiscal, com resultados “melhores que o esperado para o primeiro trimestre” deste ano.

Com isso, a Casa Rosada conquistou a oitava revisão do pacote de socorro de US$ 44 bilhões negociado pelos argentinos com o FMI em 2018, pelo então presidente Maurício Macri, e conseguiu liberar um desembolso de cerca de US$ 800 milhões.

A Diretora de Comunicações da organização, Julie Kozack, voltou a afirmar nesta quinta-feira que o plano de estabilização do presidente ultraliberal tem oferecido resultados positivos.

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“O forte envolvimento e a aplicação decidida por parte das autoridades de seu plano de estabilização estão dando resultados melhores que o esperado”, disse a diretora durante entrevista coletiva em Washington.

Caminho árduo

O FMI ainda prevê, no entanto, que a economia argentina vai encolher 2,8% no acumulado deste ano. Já em 2025 o cenário é mais positivo, de recuperação de 5%, segundo relatório de perspectivas globais apresentado na Assembleia do FMI e do Banco Mundial.

Apesar dos elogios, Kozack levantou alguns desafios que ainda podem afetar o governo Milei e referiu-se especificamente a “continuar construindo políticas em diferentes dimensões”, nas reformas fiscais, monetárias e estruturais.

A diretora evidenciou que era importante melhorar a qualidade da consolidação fiscal para garantir uma durabilidade justa das melhorias. Isso inclui que a assistência social no país seja bem direcionada para os mais vulneráveis, garantindo que os ajustes não piorariam a qualidade de vida das “famílias trabalhadoras”.

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Já sobre a política monetária, ela acredita que é preciso “continuar e evoluir para reduzir a inflação e as expectativas de inflação”, além de criar uma política cambial que se torne mais flexível ao longo do tempo para salvaguardar as reservas.

“Algumas mudanças serão necessárias à medida que os controles cambiais forem gradualmente abolidos e à medida que as autoridades transitem para um novo regime monetário”, disse ela, acrescentando que essas políticas podem ser implementadas no futuro.

Outro aspecto que preocupa o FMI são as reformas necessárias para apoiar a recuperação da Argentina e eliminar barreiras à entrada de empresas no país, atraindo mais investimento privado. Segundo ela, a injeção de mais fundos do órgão no país não está em negociação.

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