As autoridades de saúde da China anunciaram nesta sexta-feira, 20 (noite de quinta, 19, no Brasil), que, pelo segundo dia consecutivo, não registraram novos casos de transmissão local do novo coronavírus, mas o progresso no combate à doença foi freado pelo aumento das infecções importadas.
A queda no número de casos no país oferece uma luz de esperança para o resto do mundo, à medida que uma grande parte das nações se fecha em um esforço para conter a propagação da pandemia.
O número de mortes na China também caiu drasticamente, e a Comissão Nacional de Saúde registrou outras três vítimas fatais nesta sexta, o menor balanço diário desde que começou a divulgar os dados sobre a pandemia em janeiro.
Em um sinal sombrio que mostra como a crise mudou da Ásia para a Europa, o número de óbitos na China, 3.248, foi superado pela Itália na quinta-feira, onde mais de 3.400 pessoas morreram. Foram quase 81.000 infecções na China, mas menos de 7.000 pessoas continuam doentes com a Covid-19.
Acredita-se que o vírus tenha surgido em um mercado que comercializa carnes de animais exóticos na cidade chinesa de Wuhan em dezembro.
Em janeiro, cerca de 56 milhões de pessoas da província de Hubei, cuja capital é Wuham, foram submetidas a uma quarentena gigantesca, embora as autoridades já tenham começado a reduzir gradualmente as restrições de viagens e circulação.
No entanto, a China agora está preocupada com uma segunda onda de infecções do exterior, levando várias regiões, incluindo Pequim, a forçar quem chega de outros países a ficar em quarentena por 14 dias.
A Comissão Nacional de Saúde registrou 39 novos casos importados na sexta-feira, elevando o total para 228.